Cultura

Sylvia Kristel, atriz de 'Emmanuelle', morre aos 60 anos

Atriz holandesa enfrentava um câncer há muitos anos
Atriz Sylvia Kristel, a 'Emmanuelle' da série de filmes eróticos Foto: AFP Photo
Atriz Sylvia Kristel, a 'Emmanuelle' da série de filmes eróticos Foto: AFP Photo

HAGUE. Holanda — A atriz Sylvia Kristel, estrela holandesa dos anos 1970 com o filme erótico "Emmanuelle", morreu de câncer aos 60 anos. A empresa que administrava sua carreira, Features Creative Management, disse num comunicado que ela morreu enquanto dormia, na noite de quarta-feira. Kristel lutava contra um câncer há muitos anos.

Ela se tornou famosa em 1974, graças ao filme erótico "Emmanuelle", dirigido pelo francês Just Jaeckin, sobre as aventuras sexuais de um homem e sua bela e jovem esposa na Tailândia.

O filme chegou a ficar em exibição por 13 anos num cinema em Paris. Com o sucesso, vieram as sequências, "Emanuelle 2" (1975), "Goodbye Emmanuelle" (1977) e "Emmanuelle 4 (1984). Kristel voltou ao personagem também em produções de Hollywood, entre elas "Private Lessons", de 1981.

Em setembro de 2006, publicou uma autobiografia na França, "Nue" ("Nua", em francês"). Nela, conta sua turbulenta vida pessoal, recheada de drogas e álcool, além da busca pela figura paterna, que a levou a manter relações dolorosas com homens mais velhos.

A Features Creative Management descreve Kristel como uma das maiores estrelas holandesas do cinema, com mais de 50 filmes internacionais no currículo. Entre eles, estão muitos com tintas eróticas, como uma adaptação de "Mata Hari", de 1985.

Em 2006 ela recebeu um prêmio especial do júri no Festival de Tribeca por seu trabalho na direção de um curta-metragem chamado "Topor et Moi".

Kristel disse ao jornal De Volkskrant que o "amor ditava o que ela fazia", explicando que um ex-namorado, Hugo Claus, a convenceu a estrelar "Emmanuelle".

"Ele disse, 'a Tailândia é um lugar fantástico, nós nunca estivemos lá e de qualquer maneira o filme nunca será lançado na Holanda, então você não vai envergonhar a sua mãe', revelou, "No fim, o filme foi visto por 350 milhões de pessoas".

Jaeckin, o diretor e também escultor que mantém uma galeria em Paris, disse por telefone que eles mantinham contato, ligando um para o outro a cada três ou quatro meses, mas que não se falavam desde fevereiro.

"Estou muito triste... ela era como uma irmã mais nova", disse, "Nós começamos juntos. Emmanuelle trouxe muitos problemas, ficamos marcados. Foi um filme muito contestado na época e agora se tornou cult ".

Kristel deixa o marido, Peter Brul, e um filho com Claus, Arthur Kristel.