Cultura

'Tem que criminalizar', diz Lulu Santos, sobre enquadrar homofobia como crime de racismo

Cantor resgata música que estava longe de seu repertório há 10 anos e adapta letra: 'Ele me faz tão bem'
Lulu Santos Foto: Leo Aversa/ Divulgação
Lulu Santos Foto: Leo Aversa/ Divulgação

RIO — Quando Lulu Santos interpretar “Tão bem” no show da turnê “Pra sempre”, disco que ele lança hoje, no YouTube, a música vai soar diferente — e bem mais condizente com a vida amorosa do cantor, de 66 anos. Há um ano ele vive um relacionamento com o baiano Clebson Teixeira, de 27 anos, e essa paixão não só o fez gravar um álbum inteiramente dedicado a ela, como também adaptar o refrão da antiga canção para: “Ele me faz tão bem”.

“Do jeito que foi composta, não me representa mais. Fora que só homens ‘straights’ ou garotas lésbicas podem dizer ‘ela me faz tão bem’”, observa. “Então, vou cantar dos dois jeitos, e aí democratiza o sentimento”. Lulu recebeu a repórter em sua casa, onde um grafite gigante com a imagem de Clebson decora a parede. O quadro, hiperrealista, é inspirado na selfie que Clebson enviou ao cantor horas antes do primeiro encontro cara a cara (eles se conheceram pelo Instagram). “Vou atrás do meu destino”, escreveu ele, antes de mandar a foto por WhatsApp.

Lulu Santos e Clebson Teixeira, seu namorado Foto: Leo Aversa / Leo Aversa
Lulu Santos e Clebson Teixeira, seu namorado Foto: Leo Aversa / Leo Aversa

De lá pra cá muita coisa aconteceu - até um pedido de casamento: ajoelhado no palco da Fundição Progresso , onde Lulu havia acabado de se apresentar (em janeiro deste ano), Clebson lhe deu um anel. "Ele tremia, tadinho", lembra Lulu.

Nesta entrevista , o músico conta os detalhes da relação ("demos entrada no processo de união estável, e pretendemos morar juntos, ele já tem a chave de casa") e dá sua opinião sobre enquadrar a homofobia como crime de racismo. "Não tem que titubear, tem que criminalizar mesmo".

Ele conta ainda sobre a relação anterior, com o empresário Bruno Azevedo (“quando um não quer dois não assumem”) e rebate quem acha que o namoro com Clebson é para se promover: “Pensam que é pink money, né? A resposta que eu dou é: Não faço preconceito com cor de dinheiro”.

Leia a entrevista completa aqui.