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Empresa de camisas personalizadas confecciona máscaras para manter negócio e empregos de costureiras

Com 30 costureiras, fábrica de Duque de Caxias produz sete mil peças de proteção por dia
A fábrica da Dimona fica em Duque de Caxias Foto: Divulgação
A fábrica da Dimona fica em Duque de Caxias Foto: Divulgação

RIO – A Dimona, empresa de personalização de camisetas do Rio de Janeiro, está confeccionando e personalizando máscaras de proteção. A mudança salvou o negócio e os empregos das costureiras da empresa. Com a crise, muitas tiveram que assumir o posto de mantenedoras de suas casas.

A capacidade inicial de produção é de sete mil máscaras por dia. A expectativa da empresa é que, com as recentes recomendações das autoridades de saúde para o uso do acessório como forma de prevenção ao novo coronavírus, a personalização, que sempre foi o ponto-chave da confecção, ganhe mais destaque. Empresas que já eram clientes têm procurado a Dimona nas últimas semanas com intuito de garantir a saúde e a correta proteção de seus colaboradores.

O gerente de produção da fábrica da Dimona, Israel Oliveira, explica que a iniciativa foi posta em prática rapidamente por conta do fechamento das lojas. Com isso, nenhuma trabalhadora foi dispensada.

Atualmente, a produção, concentrada em Duque de Caxias, conta com 30 costureiras. Aquelas que fazem parte do grupo de risco estão em casa. A Dimona também forneceu cestas básicas para as trabalhadoras.

— Estamos produzindo as máscaras dentro do devido cuidado, com equipamentos de proteção individual e medidas de prevenção. Estamos vendendo por encomenda e pelo site. As máscaras personalizadas estão sendo bem procuradas. Vendemos pelo site a unidade ou o lote – diz Israel.

Leonardo Zonenschein, sócio-diretor da empresa, destaca a necessidade de sermos solidários neste momento:

– De uma hora para a outra, a realidade de todos nós foi afetada. Nossa empresa, pautada pela cultura familiar, sempre foi muito dinâmica. Nós procuramos agir rápido, tendo como base o que chamamos de tripé de necessidades: a nossa necessidade de sobrevivermos enquanto empresa, a necessidade de manter os empregos de todo nosso time e a necessidade de ajudar os mais vulneráveis na sociedade.

Solidariedade

Em paralelo ao lançamento do novo produto, a empresa está destinando 10% do valor das vendas das máscaras para a compra de cestas básicas para doação ao Instituto da Criança e campanhas em comunidades carentes. O projeto Gramachinhos, em Duque de Caxias, foi o primeiro a receber os donativos — ao todo, foram distribuídos 70 kits de alimentos.

Além disso, em parceria com a Fundação Santa Cabrini, a Dimona está doando tecido de malha para que costureiras do sistema prisional possam confeccionar máscaras para doação aos órgãos de saúde e segurança. Com a primeira doação de tecidos, será possível produzir cerca de 1.500 peças.

Há também o apoio à campanha ComVIDa-20 que estimula uma corrente do bem por meio da venda de kits com máscaras de proteção e camisetas. Pedro Werneck, presidente do Instituto da Criança, diz que grande parte da sociedade civil adquiriu consciência sobre a necessidade de buscar ações para combater a Covid-19:

– Graças à contribuição de pessoas, empresas e iniciativas como a COmViDa-20, podemos avançar a favor da preservação de vidas. Causas provocam consequências. União e reação constroem soluções.

É possível obter informações sobre a produção, a venda de máscaras de proteção e as ações sociais da empresa no site da Dimona e no perfil do Instagram @dimona.

Iniciativa de utilidade pública liderada por Época Negócios, Extra, O Globo, PEGN e Valor Econômico, com apoio de Stone