Economia

Após ataque de hacker, passageiros devem procurar companhias aéreas para saber se seus dados foram vazados

Sistema da Sita, multinacional de tecnologia que atende o setor de aviação, foi violado por criminosos. Latam confirmou que parte dos clientes foi afetada
Passageiros da Latam tiveram parte de seus dados vazados após ataque hacker à Sira, multinacional de tecnologia Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo
Passageiros da Latam tiveram parte de seus dados vazados após ataque hacker à Sira, multinacional de tecnologia Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo

SÃO PAULO —A empresa multinacional Sita, que presta serviços de tecnologia da informação ao setor aéreo, informou que continua investigando um ataque cibernético aos seus sistemas, que levou ao vazamento de alguns dados de passageiros, inclusive no Brasil.

A companhia recomenda que aqueles que quiserem saber se seus dados pessoais foram vazados pelos hackers devem solicitar a informação diretamente às companhias aéreas, já que a Sita não pode responder a esse tipo de solicitação.

Crime: Ataque hacker a multinacional de tecnologia expõe dados de passageiros no Brasil

A companhia aérea Latam informou seus clientes na noite de ontem que parte dos membros de seu programa de fidelidade, o Latam Pass, teve seus dados vazados em um ataque hacker sofrido pela multinacional Sita. O fato foi antecipado pelo GLOBO.

"Com as companhias aéreas com as quais temos esses acordos comerciais e que utilizam o serviço Sita, nós, da Latam, estamos trabalhando para resolver esta situação", diz o comunicado da aérea.

Gol e Azul também têm trabalham com a Sita, ao menos para despacho automático e para rastreamento de voos, respectivamente. A Gol informou que os dados de seus clientes não foram afetados pelo ataque, que teria atingido um serviço que a companhia não contrata. A Azul informou que os dados de seus passageiros também não foram afetados.

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A Sita informou que os dados acessados pelos hackers estavam armazenados no Sita Passenger Service System, que opera sistemas de processamento de passageiros para companhias aéreas. Segundo nota da companhia, a invasão ao seu sistema aconteceu no dia 24 de fevereiro passado e a companhia tomou medidas imediatas para alertar seus clientes e para mitigar o vazamento.

"Reconhecemos que a pandemia COVID-19 levantou preocupações sobre ameaças à segurança e, ao mesmo tempo, os cibercriminosos se tornaram mais sofisticados e ativos. Este foi um ataque altamente sofisticado. O assunto continua sob investigação contínua da equipe de resposta a incidentes de segurança da Sita com o apoio dos principais especialistas externos em segurança cibernética", disse a empresa em nota.

A multinacional de tecnologia atua em mais de 1.000 aeroportos e diz cobrir mais de 90% dos destinos globais.