BUENOS AIRES - O governo argentino arrecadou 74% do esperado com um polêmico imposto sobre as fortunas dos mais ricos do país. Segundo comunicado oficial, o montante chegou a 223 bilhões de pesos (US$ 2,4 bi).
Dados preliminares indicam que 10 mil pessoas com ativos superiores a 200 milhões de pesos (US$ 2,1 milhões) pagaram a nova taxa de até 5,25%, o equivalente a 77% dos cidadãos cujo patrimônio está sujeito à cobrança.
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Na Argentina, alguns milionários resistiram em pagar os impostos antes do prazo estipulado pelo governo de 16 de abril. No início do mês passado, apenas 2% dos contribuintes que deveriam pagar o fizeram.
O montante a ser arrecadado equivale a 0,5% do PIB e tem como objetivo melhorar a arrecadação de impostos do governo para o mês de abril, divulgados nesta segunda-feira. Ao contrário do arrecadado com as taxas sobre grandes fortunas, o valor total pago cresceu 105,2% na comparação anual, totalizando US$ 8,742 bilhões.
O governo pretende utilizar a arrecadação em gastos relacionados com a pandemia como políticas de saúde, subsídios para pequenas empresas e projetos habitacionais.
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Os atingidos reagiram negativamente ao imposto sobre grandes fortunas. Cerca de 220 contribuintes, incluindo a família de Diego Maradona e o jogador Carlos Tévez, entraram com ações contra o governo para evitar o pagamento, sob o argumento de que é inconstitucional.