Economia Brasília

Auxílio emergencial: 'Não existe sumir dinheiro da conta’, diz vice-presidente da Caixa sobre problemas com Nubank e PicPay

Clientes dos bancos digitais relataram ‘sumiço’ do dinheiro; instituições explicaram que instabilidades motivaram a volta dos recursos para a Caixa
O vice-presidente ressaltou que a Caixa não foi responsável pela retirada dos recursos das contas Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil
O vice-presidente ressaltou que a Caixa não foi responsável pela retirada dos recursos das contas Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

BRASÍLIA — O vice-presidente de Tecnologia e Digital da Caixa, Cláudio Salituro, afirmou nesta quinta-feira que não há como sumir dinheiro de uma conta corrente do banco. Salituro respondeu a uma pergunta durante uma transmissão ao vivo sobre os relatos de “sumiço” dos recursos do auxílio emergencial para clientes do Nubank e do PicPay.

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O vice-presidente explicou que quando um montante é transferido de uma instituição financeira para outra, o dinheiro pertence ao cliente e não pode ser retirado. Segundo ele, houve um problema de comunicação e entendimento.

Salituro afirmou que, em alguns casos, os boletos apresentam o mesmo código de barra, o que causou a confusão.

— Por exemplo, meu cartão de crédito foi R$ 550, mas eu quero pagar só R$ 300, então uso o mesmo código de barra e aponto apenas o valor. O que aconteceu é que alguns clientes fizeram o uso do mesmo código de barra e pagaram o mesmo valor. Então de forma proativa, é natural, qualquer empresa faz isso, percebeu que havia vários pagamentos com o mesmo valor e mesmo código de barra. Então foi feito um movimento proativo para se verificar se aqueles boletos estavam em duplicidade ou não, isso motivou uma verificação do banco responsável por aquele boleto, através desse estímulo feito pela Caixa, da qual a gente verificou que não existia esse problema.

Segundo o Nubank, os montantes tinham sido devolvidos para a Caixa Econômica, seguindo uma listagem de pessoas que teriam recebido pagamentos "em duplicidade".

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Ou seja, a Caixa teria explicado que, devido a uma falha em seu sistema, depositou duas vezes a quantia devida para alguns boletos gerados.

No caso do Picpay, mais de 2,9 milhões de usuários concluíram a transferência do benefício com sucesso desde o início da distribuição do auxílio. Mas, nesta terça-feira, as operações deste tipo não foram concluídas e, como o dinheiro chegou a sair da conta da Caixa, a quantia ficou num limbo.

O vice-presidente ressaltou que a Caixa não foi a responsável pela retirada dos recursos das contas.

— A questão de retirada do dinheiro da conta ou não, não é facultada à Caixa Econômica. A Caixa Econômica não é e não será nunca responsável sobre a custódia de dinheiro na conta de qualquer outra instituição financeira.

Salituro também ressaltou que a Caixa segue todas as regulamentações e tem controles rigorosos sobre as transações, mesmo que algumas podem demorar em algumas ocasiões.

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— Esse processo é regulamentado. Nós temos todos os órgãos importantes que observam todo esse movimento no mercado e vocês novamente tenham certeza que não existe o sumir dinheiro. Quando você faz uma compensação e por algum motivo não ocorre aquela compensação, existe o caminho de volta e o dinheiro volta para a origem.

O vice-presidente da Caixa destacou que passou o dia inteiro de quarta-feira conversando com as instituições e que o incidente era um “fato isolado”.

— Um fato isolado que culminou em um desconforto temporário porque de imediato os clientes que perceberam que havia sido feito um estorno na conta, eles de imediato receberam, por conta da responsabilidade das instituições financeiras.l