![Detalhe da sede do BNDES. Fotos: Pedro Teixeira/ O Globo](https://ogimg.infoglobo.com.br/in/21109070-c6d-c0f/FT1086A/INFOCHPDPICT000061516050.jpg)
RIO - O BNDES terá um fundo para apoiar startups. No próximo mês, será feita uma chamada pública para selecionar o gestor do fundo, cujos recursos serão da ordem de R$ 200 milhões, informou nesta sexta-feira a diretora de capitais do BNDES Eliane Lustosa.
O fundo será de venture debt, ou seja, vai comprar títulos das dívidas das startups. A participação do BNDES nos recursos disponíveis ainda será definida. A ideia é que o capital privado também participe do fundo.
— Vamos investir em dívida de empresas de alto risco, baixa maturidade e grande potencial de inovação — disse Eliane.
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Hoje, o BNDEs já apoia startups por meio do fundos Criatec, criados a partir de 2007. São três fundos, com patrimônio total de cerca de R$ 400 milhões. A participação do BNDES nos fundos varia de 59% a 80%. Mais de 50 empresas já foram apoiadas por essa iniciativa.
A diretora também informou que foi formado um grupo de trabalho para avaliar os ativos da Odebrecht Transport, braço da Odebrecht para a área de logística.
A ideia é precificar esses ativos para eventualmente vendê-los integral ou parcialmente a investidores que tenham capacidade de arcar com as garantias necessárias para tocar os projetos.
Fazem parte do grupo representantes do BNDES, da Odebrecht, do FI FGTS e conselheiros independentes da empresa. As reuniões têm sido semanais. BNDES e FI FGTS são sócios da Odebrecht Trasnsport.
— Estamos avaliando os ativos para trazer investidores — disse Eliane.
Subsidiárias do grupo, como a RioGaleão enfrentam dificuldades financeiras porque não conseguem apresentar garantias para tornar o empréstimo ponte em empréstimos de longo prazo.