Brazil China Meeting
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Por — São Paulo

O desenvolvimento de um centro de pesquisa e desenvolvimento de energia de matriz limpa no Brasil está entre os planos de uma das maiores empresas do setor energético do mundo. A inovação é discutida atualmente pela State Grid Brazil, informou Sun Tao, chairman da empresa em painel do Brazil China Meeting — uma iniciativa LIDE e Valor, com apoio institucional do GLOBO e CBN. O fórum de discussões é realizado em Shenzhen, com a presença de 160 líderes de governo, do setor privado e da academia de ambos os países.

— Estamos trabalhando para a “descarbonização” do Brasil por meio da nossa cooperação internacional, participando da governança de energia no mundo inteiro — afirmou Sun Tao sobre a operação do braço brasileiro da State Grid Corporation of China (SGCC), uma das maiores companhias do mundo em termos de receita. — Não somos só uma empresa que trabalha no Brasil há muito tempo, nós vamos também transmitir nossos conhecimentos aos colegas brasileiros, para que a matriz energética possa operar de forma mais segura por um longo tempo.

O exectutivo afirmou que esteve no país recentemente para discutir a instalação do centro tecnológico, mas não deu maiores detalhes sobre data de lançamento ou localidade da inovação.

A empresa conta com 900 funcionários no país, sendo 90% deles brasileiros. A companhia, inclusive, tem ações de integração com o país. Como, por exemplo, o investimento em uma orquestra de formação de músicos no Complexo da Maré, no Rio.

A SGCC está presente em 88% do território chines. No Brasil, arrematou recentemente o maior lote de transmissão de energia realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), em dezembro do ano passado, numa área localizada entre o Norte e Nordeste do país. O lance foi de R$ 1,9 bilhão, marcando um deságio de quase 40% em comparação ao estipulado inicialmente no leilão (R$ 3,2 bilhões). A empresa trabalha predominantemente no setor da transmissão energética.

O presidente da CGN Energia, Likui Fang, também participou da mesa “Energias Renováveis, como potencializar os investimentos da China em energia limpa no Brasil”. No painel, o executivo afirmou que na operação da companhia no Brasil também há 90% de funcionários brasileiros — o que inclui o parque solar de Nova Olinda, no Piauí, com 690 hectares de extensão.

— O grande mercado brasileiro concentra diversos talentos, além de ter uma cultura diversificada e uma política de investimentos cada vez mais aperfeiçoada. Esses fatores atraem a CGN e outras empresas para atuar no país.

Transmissão do Norte

Com a ampliação da presença de empresas focadas em energia limpa no país, são inaugurados novos desafios. Sun Tao, da State Grid, classificou como um como grande fator a se considerar no avanço da energia limpa no país, por exemplo, a dificuldade do espraiamento da energia verde entre longas distâncias.

— A nossa empresa trabalha com transmissão de energia. É um ponto no leilão que ganhamos, (encontrar um modo) de transmitir as emissões limpas do Norte para outra região do Brasil. Acredito que esse é um setor com muito potencial de crescimento.

Likui Fang, presidente da CGN, diz que a essa altura, é preciso encontrar uma maneira de integrar a produção de energia tradicional com as alternativas “verdes”. Desse modo, é possível garantir a segurança de redes de energia — preocupação de primeira hora quando há em vista, por exemplo, a possibilidade de apagões.

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