Brazil China Meeting
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Por , Em Valor Econômico

Desenvolvimento da infraestrutura, desburocratização e a garantia da estabilidade das regras jurídicas e da moeda são os grandes desafios que precisamos enfrentar para atrair parceiros internacionais, de acordo com os participantes do painel Grandes Projetos, no Brazil China Meeting — uma iniciativa LIDE e Valor, com apoio institucional do GLOBO e CBN, que acontece em Shenzhen e Hong Kong.

— A gente tem um claro desequilíbrio no Brasil entre as regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste. Para que a gente possa avançar cada vez mais é essencial que a gente tenha infraestrutura. Há uma necessidade do Brasil de reconhecer a importância que essas regiões têm para o desenvolvimento econômico, mas sobretudo para a questão da proteção ambiental. Enquanto não tivermos avanços significativos em infraestrutura, por exemplo para viabilizar empreendimentos na Amazônia, dificilmente a gente vai conseguir avançar. Não só na questão da atividade econômica, mas na questão social — disse o governador do Amazonas, Wilson Lima, dando como exemplo o fato de que o Estado é dono das maiores reservas de água doce do planeta e ao mesmo tempo tem habitantes sem acesso a água potável.

Lima acredita que a China pode desempenhar um importante papel em parcerias com o Amazonas. Segundo o governador, o Estado tem 42 reservas de proteção ambiental, das quais 34 preveem o desenvolvimento sustentável, com projetos de pesca, turismo de base comunitária e de manejo da madeira e de outros produtos da floresta, como sementes e óleos.

Já o vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth, colocou como principal tarefa a desburocratização. Para ele, é preciso acelerar especialmente os licenciamentos emitidos por agências governamentais, "garantindo, claro, todo o cuidado necessário ao meio ambiente".

Em sua apresentação, Ramuth lembrou que o Estado de São Paulo, se fosse uma nação, teria a 21ª maior economia do mundo. Ramuth, que também preside o comitê de desestatização de São Paulo, destacou o programa de concessões, parcerias público-privadas (PPPs) e privatizações implementado pelo governador Tarcísio de Freitas.

— O nosso programa de concessões, PPPs e concessões está baseado nas melhores práticas. Primeiro, a importância da sustentabilidade e dos princípios ESG [que envolvem as esferas ambiental, social e de governança] em todos os nossos projetos. Segundo, os nossos mecanismos de proteção para mitigar o risco cambial, garantindo ao investidor um risco menor — disse o vice-governador. Entre os projetos em desenvolvimento, elencou a ligação por trem entre a capital do Estado e Campinas, com um custo estimado de US$ 2,4 bilhões, a expansão do metrô paulistano e o túnel Santos-Guarujá.

A cidade de São Paulo esteve representada pelo seu secretário da Fazenda, Luis Felipe Arellano, que sublinhou a questão da estabilidade das regras e do real para o investidor externo. "Embora haja mudanças de governo, o norte permanece. Você sabe mais ou menos qual é a direção que o Brasil toma em relação às decisões de longo prazo e às regras fundamentais do jogo", disse, acrescentando que essa estabilidade é uma vantagem que o Brasil tem sobre vários países, especialmente da América Latina.

Arellano descreveu aos investidores chineses algumas das oportunidades que a Prefeitura de São Paulo vai oferecer nos próximos anos. Falou do projeto de habitações sociais, que prevê gastos de R$ 8 bilhões até 2026 para a aquisição de 44 mil moradias, e salientou a pretensão da cidade de ter a maior frota com energia limpa no hemisfério Ocidental. — Um dos projetos mais ambiciosos é o da descarbonização da frota de ônibus da cidade. Estamos falando de 13 mil ônibus — afirmou. Segundo Arellano, está previsto um investimento total de R$ 35 bilhões até 2038.

Felipe Hennel Fay, o CEO da Semp, fez coro com Arellano a respeito da importância da estabilidade nos negócios. "A mudança de regra no meio do caminho é muito prejudicial e consome uma energia enorme para explicar e convencer o outro lado de que o Brasil é um país onde os investimentos de longo prazo são seguros", afirmou.

Em sua 40ª visita à China, Hennel Fay fez questão de compartilhar seu entusiasmo com a joint venture que a Semp estabeleceu em 2016 com a gigante das telas de cristais líquidos TCL. Apesar de ter feito dele um sócio minoritário, o novo arranjo agradou a Hennel Fay. "A TCL sabe respeitar que o Brasil não é um país para amadores e reconhece a importância de ter um parceiro local que conheça com profundidade como navegar no mercado brasileiro." A satisfação é tanta que no ano passado Semp e TCL prolongaram a joint venture por mais 50 anos. "Algo muito pouco usual entre empresas brasileiras e chinesas", afirmou Fay.

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