Economia

Caixa anuncia corte de até 40% nos juros para pessoas físicas e jurídicas

Banco também vai lançar, nos próximos dois meses, aplicativo para os clientes de baixa renda

Edifício da Caixa Econômica Federal em Brasília
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Jorge William/Agência O Globo/18-01-2017
Edifício da Caixa Econômica Federal em Brasília Foto: / Jorge William/Agência O Globo/18-01-2017

BRASÍLIA - A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quarta-feira corte nas taxas de juros  para pessoas físicas e jurídicas de até 40%. No cheque especial, a taxa máxima cairá de 13,45% ao mês para 9,99% e no crédito pessoal, o percentual máximo  passará de  4,99% ao mês para 3,99% e para 2,29% ao mês,  no caso de clientes que recebem salário no banco.  A linha de capital de giro para as empresas também será beneficiada com juros de 0,95% ao mês.  As novas taxas entram em vigor a partir desta quinta-feira.

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A partir de 19 de agosto, o banco passará a oferecer aos clientes pessoas físicas o pacote "Caixa Sim" com condições de crédito ainda mais facilitadas. A taxa do cheque especial, por exemplo, ficará em  8,99% ao mês (redução de 33%) e do crédito pessoal em 2,29% ao mês.  Também será anunciado o novo cartão de crédito do banco, internacional e sem anuidade, com crédito rotativo a 8,99% ao mês.
O pacote será acompanhado de uma cesta de serviços, que vai permitir vários tipos de operações a um custo de R$ 25,00. Também será oferecido um seguro que cobrirá até  R$ 4 mil de operações de crédito. Para evitar venda casada, a tarifa retornará para o cliente na forma de bônus celular (pré ou pós-pago).

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Ao anunciar  as novas taxas, o presidente da Caixa,  Pedro Guimarães, destacou o corte de 40% na taxa do cheque especial, uma das modalidades mais lucrativas para os bancos. Segundo ele,  haverá uma "pequena perda de receita" que a Caixa pretende reverter com a ampliação da base de clientes.

- O impacto mais significante é no cheque especial. Esse é  o filé de qualquer banco -  afirmou  Guimarães.

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Aplicativo

Guimarães afirmou ainda  que a Caixa vai  lançar dentro de dois meses um aplicativo de celular para pessoas de baixa renda. Esses clientes poderão utilizar o aparelho para pagar contas, fazer transferências e receber auxílios dos programas sociais, como Bolsa Família, abono salarial (PIS), além do FGTS. Essas pessoas, observou ele,  utilizam celular mais simples e pacotes mais baratos e, por isso, o programa precisa ser "extremamente" simples. O aplicativo atual, voltado para clientes de maior renda e que permite maior número de operações, será mantido.

- A  nova plataforma é  uma novidade importante que a gente acredita que vai gerar uma inclusão digital - destacou Guimarães.