BRASÍLIA – Diante de reclamações, a Caixa Econômica Federal voltou atrás na cobrança de taxa de abertura de crédito na linha do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) . O anúncio foi feito em rede social nesta segunda-feira pelo presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
A concorrência com o Banco do Brasil , que passou a operar a modalidade com isenção da tarifa, também forçou a Caixa a recuar.
- Na quinta-feira, dia 02 de julho, nós zeramos a TAC, que é a Tarifa de Abertura de Crédito para o Pronampe – disse Guimarães.
Clientes que já efetivaram o contrato terão a devolução da tarifa. Segundo Guimarães, desde sexta-feira, a Caixa emprestou R$ 1,3 bilhão no programa e outros R$ 3 bilhões estão em análise no banco.
O programa foi criado para ajudar micro e pequenas empresas a atravessarem a crise causada pela pandemia do novo coronavírus. Um dos problemas do governo é fazer com que o crédito chegue até os pequenos tomadores.
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A linha do Pronampe conta com a garantia do Tesouro Nacional que aportou R$ 15,9 bilhões no Fundo de Garantia de Operações (FGO) para cobrir a inadimplência dos empréstimos, reduzindo assim os riscos dos bancos.
Na nova linha, as pequenas empresas podem tomar emprestado até 30% da receita anual de 2019 para capital de giro e investimentos. O prazo do financiamento é 36 meses, com oito meses de carência e a taxa máxima de juros igual à Selic, em 2,25% mais 1,25% ao ano.
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Guimarães informou também que a Caixa tem disponível mais R$ 3 bilhões em uma outra linha de crédito criada em abril em parceria com o Sebrae. Na ocasião, foram anunciados R$ 7,5 bilhões para micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais (MEI). As taxas são mais elevadas, variando entre 1,19% e 1,59% ao mês para empréstimos entre R$ 75 mil e R$ 125 mil.