Economia Coronavírus

Coronavírus: Bilionários americanos ficaram ainda mais ricos com a pandemia, diz relatório

Fortuna de Jeff Bezos, da Amazon, mais de 30%, enquanto que a de Mark Zuckeberg, do Facebook, aumentou mais de 45%
Jeff Bezos, fundador e CEO da Amazon Foto: Lindsey Wasson / Reuters
Jeff Bezos, fundador e CEO da Amazon Foto: Lindsey Wasson / Reuters

NOVA YORK - A fortuna dos bilionários americanos aumentou 15% nos dois meses transcorridos desde o início da pandemia do novo coronavírus , com o fundador e presidente da Amazon, Jeff Bezos , e o diretor-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, liderando a lista, revelou um estudo.

Os mais de 600 bilionários americanos ficaram ainda mais ricos à medida que as ações das empresas de tecnologia subiram durante o lockdown provocado pelo avanço da Covid-19, segundo uma análise de dados de dois grupos de especialistas.

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Entre 18 de março e  o dia 19 deste mês, o patrimônio líquido total  desses bilionários aumentou em US$ 434 bilhões, enquanto a pandemia de coronavírus causou perda de empregos e agonia econômica para dezenas de milhões de americanos.

A fortuna de Bezos cresceu mais de 30%, para US$ 147,6 bilhões, enquanto a de Zuckerberg aumentou mais de 45%, somando US$ 80 bilhões, de acordo com pesquisa do Americans for Tax Fairness e do Programa de Desigualdade do Institute for Political Studies. A análise foi baseada em dados da lista de bilionários publicada pela revista Forbes.

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Bill Gates, da Microsoft, e Warren Buffett, da Berkshire Hathaway, apresentaram ganhos significativamente menores, de 8,2% e 0,8%, respectivamente, de acordo com o relatório.

As ações da Amazon e do Facebook aumentaram após novos anúncios de programas que impulsionaram seus negócios em um momento em que muitos consumidores estão trancados em casa.

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A perda de empregos nos Estados Unidos ultrapassou 36,8 milhões desde o início do fechamento de negócios em meados de março. Na semana passada, mais de 2 milhões de americanos deram entrada em pedidos de seguro-desemprego , um sinal de que os postos de trabalho continuam a ser fechados dois meses depois que a pandemia do novo coronavírus obrigou empresas a cerrarem suas portas.

Outros dados mostraram um colapso nas vendas de casas nos EUA e um declínio na atividade da indústria.

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O Covid-19 matou pelo menos 94.700 pessoas nos Estados Unidos, onde mais de 1,5 milhão de infecções foram confirmadas, tornando o país o mais afetado pela pandemia, segundo contagem divulgada pela agência France Presse.