Brasília – A reabertura dos negócios está sendo polêmica no momento, seja pela divergência de protocolos entre prefeituras e estados, ou pela falta de clareza dos dados para abrir com segurança durante a pandemia do coronavírus . Para ajudar os pequenos empresários na retomada, o Sebrae vai disponibilizar um conjunto de 35 materiais, como e-books e vídeos curtos, em seu site e redes sociais, para orientar o retorno dos negócios.
As orientações serão divididas em 47 segmentos dentro de 14 setores. Segundo o diretor técnico do Sebrae, Bruno Quick, os documentos englobam informações para a funcionalidade total dos negócios, em relação à segurança e higiene, desde a saída do funcionário de casa até a distância que deve ser mantida entre clientes e o procedimento adequado para a entrada de fornecedores.
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A primeira etapa do protocolo de retorno do Sebrae, que começou na semana passada, foi direcionada para os setores de moda, beleza, estética, bares, lanchonetes, restaurantes, lojas de rua e de shopping, academias de ginástica, clínicas e saúde.
Nesta quarta-feira, os conteúdos que vão ao ar serão voltados para alimentação, em especial para o microempreendedor individual (MEI), confeitarias, panificadores, feiras livres, minimercados e mercearias.
A partir do dia 15, os empresários da construção civil, tanto da indústria quanto das lojas do segmento, também vão ter acessos aos protocolos segmentados nos formatos de e-book e vídeos.
Microempresas mais afetadas
Os micro e pequenos negócios somam 13 milhões de empresas, o que corresponde a 75% dos negócios no Brasil e 22 milhões de empregos — 46% do total no país, segundo o Sebrae. Com a dificuldade de crédito e sem caixa para três meses de fechamento, eles são os mais atingidos. A crise causada pela pandemia afetou o funcionamento de 44% de empresas nesses portes.
De acordo com dados do Sebrae no início de maio, a média geral de queda no faturamento foi de 60% no último mês, sendo os segmentos de economia criativa (77%), turismo (75%) e academias (72%) os mais afetados.
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Pronampe nesta semana
Apesar de todo o apoio e, embora o governo federal tenha anunciado linhas especiais de crédito para os micro e pequenos empreendedores na pandemia, o maior entrave para os pequenos negócios é que o dinheiro não está chegando na ponta.
Empresários reclamam que não têm respostas dos bancos, os prazos são curtos e o crédito requer garantias inviáveis no momento. Segundo pesquisa do Sebrae no início de maio, 86% dos micro e pequenos empresários no país que tentaram crédito, não conseguiram ou aguardam resposta.
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Uma das linhas é Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que só foi sancionado no dia 19 de maio e ainda não chegou ao empresário.
Segundo o secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec) do Ministério da Economia, que faz parte da parceria com o Sebrae nessa retomada, Carlos Da Costa, o Pronampe deve estar disponível para o empresário até a próxima semana.
— Esperamos que chegue na ponta ainda esta semana. O dinheiro já foi transferido para o fundo, estamos só esperando bancos concluírem essas ações. Tem também o FGI (Fundo Garantidor para Investimentos) que está sendo concluído e deve ser liberado ainda neste mês — disse ele sobre os programas emergenciais de acesso a crédito para cobrir operações de crédito a pequenas e médias empresas.
Ele ressalta que o retorno será feito conforme diretriz do Ministério da Saúde: – Nós precisamos levar o crédito para a ponta e ter um retorno seguro as atividades econômicas no tempo mais adequado de acordo com orientações do Ministério da Saúde.
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Saiba mais sobre as linhas de crédito
Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe)
- O valor liberado corresponderá a até 30% da receita bruta anual da empresa calculada com base no exercício de 2019
- A taxa de juros anual máxima será igual à taxa do Selic, acrescida de 1,25% sobre o valor concedido, com prazo de 36 meses para o pagamento
Linha emergencial de crédito para folha de pagamentos
- Foi criada para ajudar no pagamento de salário e, em contrapartida, uma das exigências é que não se demita empregados, sem justa causa, no período compreendido entre a data da contratação do empréstimo e até 60 dias após o recebimento da última parcela da linha de crédito
- O financiamento poderá ser pago em 36 meses, com carência de 6 meses e com juros de 3,75% ao ano
- Podem aderir ao programa empresários que tiverem receita bruta anual superior a R$ 360 mil e igual ou inferior a R$ 10 milhões
Linha de crédito da Caixa e Sebrae com Fampe
- É um empréstimo para quem não tem garantias, mas chances do negócios sobreviver
- A Caixa Econômica Federal disponibilizará até R$ 7,5 bilhões em crédito para capital de giro a micro e pequenas empresas e microempreendedores individuais (MEIs) e a operação é viabilizada por meio do aporte de R$ 500 milhões do Sebrae, que vai acompanhar as empresas da liberação até a liquidação da dívida
- As garantias complementares serão concedidas pelo Sebrae por meio do Fundo de Aval às Micro e Pequenas Empresas (Fampe)
BNDES Crédito Pequenas Empresas
- O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) divulgou a expansão da linha BNDES Crédito Pequenas Empresas
- Empresas com faturamento até R$ 300 milhões podem obter crédito livre, sem destinação específica, de até R$ 70 milhões por ano
- Os recursos do BNDES podem financiar até 100% da operação, a critério do agente financeiro credenciado, e as operações contratadas podem ter prazo total de até 5 anos, incluindo um prazo de carência de até 2 anos.
Proger Urbano Capital de Giro
- Oferta de linhas de crédito com recursos do FAT no investimento de longo prazo a pequenos negócios, cooperativas e associações de produção com faturamento bruto anual de até R$ 10 milhões
- São itens financiáveis salários e encargos, aluguel, água, luz, telefone, matéria-prima, mercadorias para revenda dentre outros
- O prazo de financiamento é de até 48 meses, incluídos até 12 meses de carência. Os recursos serão operados por bancos públicos federais.
Fonte: Ministério da Economia