Economia Emprego

Amazon vai pagar faculdade de funcionários dos Estados Unidos

Medida deve atender 750 mil pessoas e também financiará diplomas de ensino médio e proficiência em inglês
Amazon expande benefícios educacionais dos funcionários Foto: Stephanie Foden / Bloomberg
Amazon expande benefícios educacionais dos funcionários Foto: Stephanie Foden / Bloomberg

SEATTLE — A Amazon anunciou na quinta-feira que pretende arcar com a mensalidade das faculdades dos funcionários e financiará a retirada de diplomas de ensino médio e certificados de proficiência em inglês. A medida começa a valer em janeiro de 2022 e deve beneficiar 750 mil pessoas que atuam na companhia nos Estados Unidos. O investimento previsto para o programa é de US$ 1,2 bilhão até 2025

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— A Amazon é agora a maior criadora de empregos nos EUA e sabemos que investir em treinamento gratuito de habilidades para nossas euipes pode ter um grande impacto para centenas de milhares de famílias em todo o país. Lançamos o Career Choice há quase 10 anos para ajudar a remover as maiores barreiras à educação continuada, o tempo e o dinheiro, e agora estamos expandindo ainda mais para pagar a mensalidade integral e adicionar várias novas oportunidades de estudo — ressaltou Dave Clark, CEO da organização Worldwide Consumer da Amazon, em comunicado.

Empresas dos Estados Unidos estão expandindo benefícios e incentivos para atrair os funcionários de volta ao mercado de trabalho após um período de escassez.

Especialistas ouvidos pela agência de notícias BBC explicam que o problema é um soma do fato de muitos terem deixando o mercado de trabalho durante a pandemia, as preocupações persistentes com a Covid-19 e a falta de creches.

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Entre as empresas que investiram em mais benefícios está o Walmart, que também anuniciou o pagamento das mensalidades e livros para seus funcionários horistas, com cerca de 1,5 milhão de pessoas elegíveis. A Target informou que vai oferecer cursos de graduação gratuitos para mais de 340 mil trabalhadores.

Há companhias que também aumentaram os salários iniciais ou ofereceram bônus, e outras, como o McDonald's, pedem que jovens de 14 e 15 anos se inscrevam nos processos seletivos.

De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, as vagas de emprego atingiram um novo recorde de 10,9 milhões em julho, ultrapassando o número de desempregados em mais de dois milhões.