Finanças
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Por Bloomberg


Brian Armstrong, fundador da Coinbase, viu sua fortuna derreter Bloomberg — Foto:
Brian Armstrong, fundador da Coinbase, viu sua fortuna derreter Bloomberg — Foto:

NOVA YORK — Pelo menos para um grupo de bilionários, parece que a festa acabou. Ricaços que viram suas fortunas engordarem com a febre das critpomoedas nos últimos anos perderam bilhões em poucas semanas agora, em meio a um colapso nesses mercados.

O fundador da Coinbase Global, Brian Armstrong, tinha uma fortuna pessoal de US$ 13,7 bilhões em novembro do ano passado. No fim de março, eram US$ 8 bilhões.

E, agora, são apenas US$ 2,2 bilhões, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index. Ou seja, foi uma queda de US$ 11,5 bilhões em cinco meses.

A Coinbase é a maior plataforma de negociação de criptomoedas dos Estados Unidos e viu suas ações desabarem nos últimos dias, em meio a uma venda desenfreada de bitcoins, ethereuns e outras criptomoedas. A queda no valor da ação da Coinbase já chega a 84% desde que a empresa abriu seu capital, em abril de 2021.

Armstrong foi ao Twitter tentar acalmar os investidores:

"Não há 'risco de falência' mesmo se ocorra um evento do tipo 'cisne negro' (jargão para eventos raros e imprevisíveis), os clientes estão seguros", escreveu Armstrong, que além de fundador é CEO da empresa.

Outro entusiasta das criptos é Michael Novogratz. O CEO do banco de criptomoedas Galaxy Digital viu sua fortuna despencar para US$ 2,5 bilhões, de US$ 8,5 bilhões no início de novembro.

Até então, ele era um campeão da TerraUSD, uma moeda digital do tipo stablecoin, ou seja, ancorada numa divisa "real". A TerraUSD desabou no rastro de perdas da Luna, um token vinculado a ela.

Novogratz chegou a tatuar uma imagem da Luna.

Michael Novogratz chegou a tatuar a imagem da Luna Bloomberg — Foto:
Michael Novogratz chegou a tatuar a imagem da Luna Bloomberg — Foto:

— Provavelmente sou o único cara no mundo que tem uma tatuagem de Bitcoin e uma tatuagem de Luna — disse Novogratz na conferência Bitcoin 2022 em Miami, no dia 6 de abril.

"Eu sou oficialmente um Lunático" tuitou Novogratz em janeiro.

Crash das criptos

As fortunas bilionárias de criptomoedas que aumentaram nos últimos dois anos estão desaparecendo após uma liquidação que começou com ações de tecnologia se espalhando pelo dinheiro digital. Bitcoin, a criptomoeda mais popular, e Ether caíram mais de 50% desde seus recordes no final do ano passado.

Embora quase todos os detentores de criptomoedas tenham sofrido declínios de riqueza, algumas das maiores e mais visíveis perdas estão concentradas entre os fundadores de exchanges, onde os traders compram e vendem moedas digitais.

A Binance, Bolsa de criptomoedas chinesa, não tem capital aberto. Mas, ainda assim, estimativas mostram que o seu CEO, Changpeng Zhao, perdeu mais dinheiro nas últimas semanas do que Novogratz ou Armstrong.

Changpeng estreou no índice de bilionários da Bloomberg em janeiro com um patrimônio de US$ 96 bilhões, um dos maiores do mundo.

Zhao Changpeng perdeu mais dinheiro nas últimas semanas do que Novogratz ou Armstrong Bloomberg — Foto:
Zhao Changpeng perdeu mais dinheiro nas últimas semanas do que Novogratz ou Armstrong Bloomberg — Foto:

Na quarta-feira, esta fortuna havia encolhido para US$ 11,6 bilhões, tendo como referência um preço médio para sua empresa calculado a partir do valor das concorrentes Coinbase e Voyager Digital.

usando o valor médio da empresa para múltiplos de vendas da Coinbase e da empresa canadense de criptomoedas Voyager Digital como base para os cálculos.

Tyler e Cameron Winklevoss, cofundadores da Gemini, uma plataforma de negociações de cripto, perderam cerca de US$ 2,2 bilhões - ou cerca de 40% - de sua riqueza este ano.

A fortuna de Sam Bankman-Fried, CEO da exchange de criptomoedas FTX, caiu pela metade desde o final de março, para cerca de US$ 11,3 bilhões.

Armstrong não é o único bilionário da Coinbase a perder dinheiro. Outro cofundador da empresa, Fred Ehrsam, ex-operador do Goldman Sachs e que tem participação minoritária na empresa, atualmente tem fortuna de US$ 1,1 bilhão, uma queda de mais de 60% este ano.

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