A búlgara Ruja Ignatova, conhecida como "rainha das criptomoedas", é tema de um podcast do FBI lançado na última quinta-feira. Ela é acusada de aplicar um golpe com a moeda digital que criou, a OneCoin, e teve seu nome inserido na lista dos dez criminosos mais procurados da polícia federal americana na primeira semana de julho.
O episódio, apresentado por Monica Grover, do Escritório de Relações Públicas do FBI, faz um detalhamento do caso. E, no final, pede informações que possam levar à prisão da foragida.
— Se você tiver alguma informação sobre Ruja Ignatova, entre em contato com o escritório local do FBI ou com a embaixada ou consulado americano mais próximo — afirma a apresentadora. — Os informantes podem permanecer anônimos — acrescenta.
No podcast, Ruja é descrita como uma mulher "conhecida por um estilo de vida luxuoso", que pode estar viajando com um passaporte fraudado e tem conexões na Bulgária, Alemanha, Rússia, Grécia e Emirados Árabes Unidos.
Ruja é a 11ª mulher na lista dos dez fugitivos mais procurados do FBI, criada em 1950. A recompensa por qualquer informação que leve à sua prisão foi fixada em US$ 100 mil (equivalente a R$ 532,9 milhões).
A foragida tem uma fortuna avaliada em 4 bilhões de euros (equivalente a R$ 22,2 bilhões) e desapareceu em 2017, junto com o dinheiro que obteve das vítimas que investiram na OneCoin. Desde então há um mandado de prisão contra ela nos Estados Unidos.
Nascida na Bulgária, Ruja foi estudar em Schramberg, na Alemanha, onde fez faculdade de Direito curso de doutorado. Ela é descrita no país como uma pessoa "altamente inteligente". Em julho, a mídia alemã informou que Ruja estaria escondida em um iate de luxo no Mar Mediterrâneo.
Na ocasião, o jornal "Bild" informou que Ruja pintou os cabelos de loiro e fez plásticas no nariz, mandíbula, bochechas e lábios para não ser reconhecida. Ela é procurada pela Interpol em 194 países.
Segundo o jornal, Ruja optou por viver no Mar Mediterrâneo por um motivo: ela acredita que se estiver a 12 milhas náuticas da costa, nenhum país terá jurisdição e as autoridades não poderão prendê-la.