Finanças
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Por Vitor da Costa e Leticia Messias

O dólar comercial caiu abaixo de R$ 5 nesta quinta-feira pela primeira vez desde junho. A moeda americana, que já vinha recuando nas últimas semanas, acentuou esta tendência após o banco central americano (Fed) desacelerar a alta de juros ao mesmo tempo em que o BC brasileiro sinalizou que poderá voltar a subir os juros por aqui.

Para quem acaba de voltar de férias no exterior ou tem planos de viajar para fora nos próximos meses, a queda na cotação é um alívio. Afinal, no câmbio para turismo, as cotações acompanham a queda do dólar comercial.

A recomendação dos especialistas, para quem terá despesas em moeda estrangeira nos próximos meses, é comprar dólar aos poucos para construir o chamado “preço médio”, especialmente, para aqueles que não precisam do dinheiro de forma imediata.

Ao comprar dólar em diferentes janelas no tempo, o comprador se aproveita de cotações distintas e consegue se proteger das variações do câmbio, um dos indicadores econômicos mais imprevisíveis.

O economista da Associação Brasileira de Planejadores Financeiros (Planejar), José Faria Júnior, avalia a cotação entre R$ 5,05 e R$ 5,10 como uma oportunidade de compra. Valores próximos a R$ 5,30, por sua vez, são considerados caros.

— No nível atual, acho interessante comprar. Se você vai viajar daqui a seis meses, pode fazer uma compra de 30% do total que vai precisar. Caso o dólar caía mais, você pode comprar mais um pouco. A melhor hipótese que tem para a pessoa física é fazer uma programação de compra mensal. Não adianta tentar acertar a tendência da moeda.

O economista da Planejar ressalta que a pessoa não deve se endividar para comprar dólar só pelo fato da cotação estar em queda.

Para quem está voltando do exterior e tem compras em dólar a vencer no cartão de crédito, uma opção é antecipar o pagamento da fatura. É preciso consultar o banco e a bandeira do cartão de crédito para checar se esta possibilidade está disponível.

Viagem nas férias

Para aqueles que pretendem viajar para o exterior em julho, por exemplo, esta pode ser uma boa hora para comprar moeda estrangeira.

Caso a compra seja feita de uma só vez e muito próxima da viagem, o comprador pode ficar refém da cotação disponível naquele momento.

— A orientação que sempre passo para os nossos clientes é que sempre quando há essas quedas mais relevantes, é uma janela de oportunidade, principalmente para quem vai viajar ao exterior — disse o gestor de varejo da Europa Câmbio, Paulo Victor Pereira.

Na Europa Câmbio, uma primeira estimativa mostra aumento nas vendas de 30% em janeiro deste ano em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Casal de aposentados Josias Azevedo, 62, e Gladys Hoffmann, 60, viaja anualmente — Foto: Arquivo pessoal
Casal de aposentados Josias Azevedo, 62, e Gladys Hoffmann, 60, viaja anualmente — Foto: Arquivo pessoal

Desde 2006, o casal de aposentados Josias Azevedo, 62, e Gladys Hoffmann, 60, viaja anualmente. Os dois, que já foram a 30 países juntos, agora planejam visitar a família na Austrália. Com a viagem marcada para o dia 18 de fevereiro e quatro paradas previstas para ocorrer nos Estados Unidos, eles ainda precisam comprar os dólares americano e australiano.

— Costumamos comprar em uma loja de câmbio em Copacabana, mas, desta vez, a tendência é que a gente compre a maior parte online e viaje com o cartão de débito, porque a cotação é menor — disse Azevedo. — Todos os dias nós olhamos o valor do dólar. Recentemente, inclusive, o americano baixou, mas o australiano, em compensação, aumentou.

Há várias formas de se comprar a moeda estrangeira, com diferentes alíquotas. Segundo Pereira, a escolha deve ser feita de acordo com os objetivos da compra e o montante a ser adquirido.

Para a compra do dólar, o imposto sobre operações financeiras (IOF) é de 1,10% no papel moeda. Já sobre compras no cartão pré-pago ou no cartão de crédito, o imposto é de 5,38%.

Desde o dia 30 de dezembro, brasileiros podem levar até US$ 10 mil em espécie ou o equivalente em outra moeda estrangeira sem necessidade de declaração à Receita Federal ao viajarem para fora do Brasil. Antes, o limite máximo era de R$ 10 mil.

— Vai depender muito do objetivo, mas oriento a diversificar a carteira e não ficar 100% concentrado em um único produto. Quem for passar um período maior de tempo, abrir uma conta no exterior e fazer a transação entre contas de volumes maiores pode ser uma opção melhor — ressalta o gestor da Europa Câmbio.

Fintechs e bancos digitais também oferecem conta bancária em dólar ou euro aos brasileiros e são mais uma opção para quem pretende viajar.

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