Finanças
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Por Vitor da Costa, Com Agências Internacionais

O Banco Central Europeu (BCE) deu continuidade ao seu processo de aperto monetário ao elevar suas taxas de juros em 0,50 ponto percentual. É o sexto aumento consecutivo das taxas, que ocorreu apesar da turbulência causada pelo colapso de bancos americanos e preocupações com o Credit Suisse nos últimos dias.

Com a decisão, as taxas de empréstimo, refinanciamento e depósito ficaram em 3,75%, 3,5% e 3% anuais, respectivamente. O patamar da taxa de depósito é o mais alto desde outubro de 2008.

"O elevado nível de incerteza reforça a importância de uma abordagem dependente de dados para as decisões de taxa de juros do Conselho do BCE, que serão determinadas por sua avaliação das perspectivas de inflação à luz dos dados econômicos e financeiros recebidos, a dinâmica da inflação subjacente e a força da transmissão da política monetária", destaca o banco, em comunicado.

Dirigentes do banco já haviam sinalizado a intenção de continuar elevando as taxas e manter a política monetária contracionista. Nos últimos dias, no entanto, os problemas enfrentados pelas instituições financeiras, que geraram perdas nos mercados acionários, levantaram dúvidas sobre a postura que seria adotada pela autoridade monetária.

Apesar da manutenção do aperto monetário, o BCE não se comprometeu a novos aumentos consecutivos em seu comunicado.

O BCE afirmou que acompanha de perto as atuais tensões do mercado e que está pronto a responder conforme necessário para preservar a estabilidade de preços e financeira na zona do euro.

"O setor bancário da zona do euro é resiliente, com fortes posições de capital e liquidez. Em todo o caso,o conjunto de ferramentas de política do BCE está totalmente equipado para fornecer apoio de liquidez ao sistema financeiro da zona do euro, se necessário, e para preservar a transmissão harmoniosa da política monetária", afirmou.

O aumento dos juros tem como objetivo combater a inflação, que permanece em patamares elevados.

O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) na zona do euro ficou em 8,5% em fevereiro, praticamente estável em relação aos 8,6% verificados em janeiro. Apesar de demonstrarem desaceleração nos últimos meses, o indicador ainda está longe da meta de 2% do BCE.

Compromisso de combate à inflação mantido

Em coletiva após o anúncio, a presidente do BCE, Christine Lagarde, reafirmou o compromisso do banco em trazer a inflação de volta para a meta. A dirigente destacou que o mercado de trabalho continua forte, apesar do enfraquecimento da atividade econômica.

— A determinação está intacta. O ritmo que tomarmos dependerá inteiramente dos dados.

Em relação aos episódios recentes envolvendo o setor bancário, Lagarde destacou que, se necessário, o banco possui ferramentas e outros instrumentos que podem ser ativados para apoiar o sistema financeiro. Ela afirmou que não vê problemas de liquidez no mercado.

— Estamos monitorando de perto as atuais tensões do mercado e estamos prontos para responder conforme necessário para preservar a estabilidade de preços e a estabilidade financeira na zona do euro.

Projeções

Ao divulgar suas novas projeções, os dirigentes do banco fizeram a ressalva de que elas foram acordadas no início de março, antes das tensões recentes nos mercados financeiros, as quais implicam incerteza adicional em torno das avaliações sobre as perspectivas para inflação e para o crescimento.

As expectativas para a inflação ficaram em 5,3% para 2023, 2,9% em 2024 e 2,1% em 2025. Sobre o crescimento, os membros do banco esperam avanço de 1% em 2023, de 1,6% para 2024 e 2025.

Programa de compras de ativos

Ao comentar sobre seus programas de títulos, o BCE ressaltou que a carteira do programa de compra de ativos (APP, na sigla em inglês) diminui a um ritmo "comedido e previsível". A redução será de € 15 bilhões por mês, em média, até o final de junho de 2023 e seu ritmo subsequente será determinado ao longo do tempo.

Sobre o programa de compra de emergência pandêmica (PEPP, na sigla em inglês), o banco afirmou que pretende reinvestir os pagamentos de capital dos títulos vincendos adquiridos no programa até, pelo menos, o final de 2024.

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