Finanças
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Por O GLOBO, com agências internacionais — Zurique

UBS e Credit Suisse são instituições que têm atividades semelhantes no Brasil: são bancos de investimento com atuação na área de gestão de recursos e patrimônio. Não somente de famílias e brasileiros com grandes fortunas, mas também de investidores institucionais, como entidades de previdência privada.

A união das duas instituições financeiras suíças, que na segunda-feira derrubou as ações de ambos, mexe com esse mercado no Brasil.

O UBS anunciou no domingo a compra do centenário banco suíço, seu maior concorrente no mercado, por 3 bilhões de francos suíços, valor que corresponde a US$ 3,23 bilhões, após negociação histórica. A aquisição teve o objetivo de evitar mais turbulências no mercado bancário global.

— No varejo não há impacto. O impacto será no segmento de banco de investimento e gestão de recursos e patrimônio. O UBS era um grande concorrente do Credit Suisse nesses segmentos, mas agora estará sozinho — diz Luiz Miguel Santacreu, analista da Austin Ratings e especialista em sistema financeiro.

Como banco de investimento, o Credit participava do mercado de emissão de dívidas e IPOs (abertura de capital de empresas), no Brasil e no exterior, além de atuar com fusões e aquisições, estruturando operações.

Tem no Brasil negócios importantes, como a Credit Suisse Heding Griffo, de private banking, asset management e corretora de valores. A unidade do Credit Suisse no Brasil já tinha anunciado negociações para vender uma participação que detém na gestora Verde Asset, comandada por Luis Stuhlberger, para a Lumina Capital.

No primeiro semestre de 2022, dado mais recente no Banco Central, o Credit Suisse Brasil tinha R$ 36,4 bilhões em ativos totais, R$ 6,7 bilhões em carteira de crédito e R$ 6,3 bilhões em patrimônio líquido.

Em 2010, o UBS comprou o Pactual, depois recomprado novamente pelo banqueiro André Esteves. Na volta do UBS ao Brasil, os suíços fizeram uma joint venture (parceria) com o Banco do Brasil para criar um banco de investimento na América do Sul.

— Fica a incógnita de como essa joint venture com o BB vai atuar no Brasil após a compra, que vai tirar do mercado um gestor de fortunas (o Credit Suisse) — diz Bruno Diniz, da consultoria Spiralem.

O UBS tem cerca de mil funcionários no país, mesmo número do Credit Suisse, metade na gestão de fortunas.

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