Finanças
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Por Vitor da Costa — Rio

A Eletrobras paga dividendos na casa de R$ 863 milhões nesta quinta-feira. Os investidores que possuíam os papéis no dia 27 de abril, data de corte da distribuição, receberão os proventos na conta.

Os donos de ações ordinárias, com direito a voto, receberão R$ 0,22 por papel, enquanto os que possuem as preferenciais classe A (PNA) receberão R$ 2,05 por ação e as preferenciais classe B (PNB), R$ 1,49 por ação.

Mas desde o ano passado, em meio ao processo de privatização da companhia, investidores usaram recursos do FGTS para investir nos papéis da Eletrobras. Com isso, pode ficar a dúvida: esses investidores também têm direito a receber os dividendos a empresa?

A resposta é sim, mas esses proventos não serão depositados diretamente nas contas dos trabalhadores.

O dinheiro será recebido pelos fundos mútuos de privatização (FMP) por meio dos quais o investimento na empresa foi feito. Isso porque, na prática, o trabalhador não comprou as ações diretamente. O investimento foi realizado em cotas desses fundos que foram quem de fato adquiriu os papéis da Eletrobras.

Com isso, o dinheiro vai para as contas dos fundos. De toda forma, os trabalhadores irão se beneficiar dos dividendos, já que eles vão compor parte dos ganhos obtidos pelos FMPs.

—Os cotistas receberão os dividendos de forma indireta, pois o FMP no qual ele investiu, que é o detentor das ações da empresa, receberá esses dividendos. Eles serão percebidos por cada cotista através da rentabilidade obtida, proporcional às suas cotas que detém do FMP. Isso aumentará a rentabilidade do fundo e não será realizado um depósito do valor do provento na conta de cada cotista — destaca o head de alocação e fundos da XP, Rodrigo Sgavioli.

Dividendos isentos de IR

Vale lembrar que os dividendos são isentos de imposto de renda (IR).

Como mostrou O GLOBO, os fundos destinaram recursos do FGTS para compra de ações da Eletrobras têm perdido dinheiro com a desvalorização dos papéis.

Segundo analistas, a queda dos papéis é influenciada pelos questionamentos do governo ao processo de desestatização e pela baixa do preço da energia elétrica nos últimos meses.

Como ainda não se passou um ano da operação, o dinheiro do FGTS-Eletrobras não pode ser resgatado de volta para o FGTS. No entanto, os investidores podem migrá-los para fundos de ações com gestão ativa, os chamados Fundos Mútuos de Privatização (FMPs) Carteira Livre, que compram papéis de diferentes empresas.

Entre os argumentos usados para justificar a migração está o fato de que esses fundos possuem uma carteira diversificada, tendendo, portanto, a oscilar menos do que fundos com ações de uma única companhia.

Por outro lado, esses FMPs Carteira Livre possuem taxas de administração mais elevadas que os FMPs originais de ações da Eletrobras.

De forma geral, o investidor não deve se afobar em fazer a migração somente pela queda recente dos papéis. Os analistas destacam que o intervalo de menos de um ano ainda é pequeno para se avaliar o desempenho da Eletrobras no pós-desestatização.

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