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As sandálias são muito confortáveis, mas nem tão bonitas, nem tão baratas. Com uma base de cortiça, são fabricadas por uma empresa alemã fundada em 1774 e que está há seis gerações sob o comando de uma mesma família. E, recentemente, deixaram a pecha de “feias” para trás e caíram no gosto de influencers e fashionistas.

Em mais um sinal de que a moda birken veio para ficar, a empresa Birkenstock estreou na Bolsa de Nova York nesta quarta-feira vendendo suas ações por US$ 46 – e, com isso, teria um valor de mercado de US$ 8,6 bilhões. Para termos de comparação, é bem mais do que a Crocs (US$ 5,36 bilhões), mas uma parcela ínfima do valor da Nike (US$ 149 bilhões).

No entanto, os papéis caíram 12,6%, fechando a US$ 40,20, dando à empresa um valor de mercado de US$ 7,55 bilhões. Incluindo as ações reservadas para executivos, diretores e funcionários, a empresa tem um valor diluído de cerca de US$ 8,15 bilhões.

Veja, abaixo, quanto valem marcas famosas de calçados.

  • Nike: US$ 149 bilhões
  • Deckers Outdoor (dona das botas Ugg, do tênis Hoka e da sandália Teva, entre outros): US$ 13,28 bilhões
  • Sketchers (marca conhecida por seu tênis sem cadarço): US$ 7,53 bilhões
  • Crocs: US$ 5,36 bilhões
  • Steve Madden (sandálias femininas): US$ 2,44 bilhões

Hippies, Steve Jobs e Barbie

Fundada há quase 250 anos, as sandálias da Birkenstock são vendidas nos Estados Unidos desde 1966 e ficaram famosas entre os hippies. Depois, caíram no gosto de famosos excêntricos, como o fundador da Apple, Steve Jobs.

Nos últimos dez anos, se tornou uma marca de alta moda, lançando coleções em colaboração com grifes como Dior, Manolo Blahnik e Valentino. E gerando variantes de outras marcas, como Celine e Givenchy.

Virou um ícone, a tal ponto que no filme Barbie, Margot Robbie usou um par das sandálias na cena final da história, justamente quando a personagem decide viver no “mundo real”.

Em cena do filme Barbie, a personagem opta por viver no 'mundo real', com uma sandália Birkenstock — Foto: Reprodução
Em cena do filme Barbie, a personagem opta por viver no 'mundo real', com uma sandália Birkenstock — Foto: Reprodução

A empresa vê fatia crescente de suas vendas vir do público jovem, e segue popular entre os mais velhos. Segundo dados apresentados pela própria Birkenstock no seu prospecto para lançar ações em Bolsa, seu maior público, com 31% das vendas, são os millenials (nascidos nas décadas de 1980 e 1990). E 12% das vendas são para a geração Z (nascidos entre os anos 2000 e 2010).

Outras 27% das vendas vêm da geração X (nascidos entre 1965 e 1980) e 30% dos baby boomers (nascidos entre 1945 e 1964).

De Langen-Bergheim para Nova York

A Birkenstock foi fundada em 1774 na vila alemã de Langen-Bergheim por Johannes Birkenstock e seu irmão mais novo, Johann Adam Birkenstock, que eram ambos sapateiros.

Em 2021, o L Catterton, um grupo de investimentos que tem entre os sócios o bilionário francês Bernard Arnault, um dos homems mais ricos do mundo e dono do império de luxo LVMH (das marcas Louis Vuitton e Möet, entre outras), comprou uma participação majoritária na Birkenstock.

Na ocasião, a empresa foi avaliada como tendo um valor de mercado de US$ 4 bilhões. Agora que a empresa dobrou de valor e vai vender parte de suas ações em Bolsa, o L Catterton ficará com 82,8% de participação na empresa.

O filho de Bernard Arnault, Alexandre, deve ingressar no Conselho de Administração da empresa.

Nos últimos anos, a Birkenstock tem feito investimentos significativos na expansão de suas instalações de produção na Alemanha, incluindo a construção de uma nova fábrica de € 120 milhões (R$ 645 mihões) em Pasewalk, uma cidade ao norte de Berlim.

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