Finanças
PUBLICIDADE
Por — Rio

Os papéis ordinários da Americanas (AMER3, com direito a voto) fecharam em queda nesta segunda-feira. O movimento ocorreu mesmo após a empresa informar que assinou um acordo com os credores que representam 35% de sua dívida, passo importante para o andamento do processo de recuperação judicial. A notícia havia sido antecipada pelo colunista Lauro Jardim.

Após abrirem em alta na casa dos 10% pela manhã, os ativos desaceleraram os ganhos, passando para o campo negativo. No fim do pregão, as ações caíram 5,45%, negociadas a R$ 1,04.

Vale destacar que pelo baixo valor de cotação, os ativos são suscetíveis a fortes movimentos de alta e baixa.

A empresa vai receber um aumento de capital de R$ 24 bilhões. Desse total, haverá uma injeção de R$ 12 bilhões de seus três acionistas de referência e o restante é conversão de dívida dos credores em novas ações.

O analista da Empiricus Research, Fernando Ferrer, destaca que o anúncio de assinatura do acordo já era esperado pelo mercado, não exercendo influência positiva na movimentação dos papéis no pregão.

No mês, os papéis sobem mais de 23% diante da expectativa que o acordo com os credores fosse anunciado. No ano, a queda ainda é superior aos 90%.

Ferrer lembra que uma das condições que os credores exigiam para a assinatura era a divulgação dos resultados revisados da Americanas referente aos anos anteriores, o que ocorreu na semana passada.

— Com esses dados divulgados, já era esperado que o acordo fosse acontecer. Embora seja uma informação positiva, já era mapeada pelo mercado.

Na avaliação dele, apesar de representar um avanço no processo de recuperação judicial, ainda há um longo período pela frente para que a Americanas recupere a fatia de mercado perdida após o anúncio do rombo em seus balanços. Ferrer destaca o avanço de concorrentes, principalmente com atuação no e-commerce, como o Mercado Livre e a Amazon.

— Esse acordo com parte dos credores é uma sinalização positiva. Uma capitalização de R$ 24 bilhões representa uma redução do endividamento da companhia, sendo um passo importante para o andamento do processo de recuperação judicial. Mas é um processo longo.

Os credores que assinaram o acordo se comprometem em votar pela aprovação do plano de RJ na assembleia agendada para o próximo dia 19 e, em paralelo, suspender ações em tramitação e não abrir novas contestações judiciais contra a companhia e seus acionistas.

Estão entre eles os bancos Bradesco, Itaú, Santander, BTG Pactual. O Safra,segundo fontes o mais resistente ao acordo, ficou de fora.

Além disso, a varejista disse que outros credores indicaram de forma não-vinculante (ou seja, sujeito a determinadas condições) o apoio ao plano de recuperação judicial.

Juntos, esses dois grupos, diz a companhia, representam mais de 50% da dívida, número que deve ser alcançado até a assembleia, marcada para o dia 19 de dezembro, na véspera do recesso da Justiça.

Mais recente Próxima Ações do Bradesco sobem após anúncio de mudança de CEO
Mais do Globo

Esquema de espionagem também alcançou agências de checagem e movimento contra desinformação

Abin paralela monitorou oito parlamentares, quatro ministros, perfil no Twitter e podcast crítico a Bolsonaro

Supremo suspendeu cobrança de ITCMD para alguns casos em 2021, até que seja promulgada lei complementar sobre o tema

Justiça impede cobrança de imposto sobre heranças e bens no exterior, ampliando alcance de decisão do STF

Ex-presidente afirma falsamente não saber nada sobre o documento, que propõe políticas conservadoras para um possível segundo mandato do republicano

Contra pornografia e aborto e a favor de deportação em massa: o que é o Projeto 2025 e por que Trump tenta se afastar dele?

O consumo de lixo digital gera danos na vida real: a primeira é a perda de um tempo que poderia ser melhor usado

Como apodrecer seu cérebro

Ela largou a carreira de advogada e converteu em cozinha a garagem da casa dos pais, arriscando-se no negócio de bolos e doces em 1995

A doceira dos famosos

Até abril de 2025, mais de 200 eventos e atividades serão promovidos em Estrasburgo e em seus arredores

Estrasburgo é a capital mundial do livro em 2024

A irmã do presidente, Karina Milei, e Santiago Caputo, braço-direito dele, estão por trás da estratégia do conflito permanente

Os estrategistas por trás de Milei

Em meio a controvérsias, Apple, Google, Microsoft, Meta e OpenAI avançam com novas funções de IA espelhadas em seus produtos e serviços

Do e-mail às redes sociais: como as big techs têm transformados IAs em assistentes onipresentes

Dizem que ajuda na perda de peso, controle do açúcar no sangue, acne e outras coisas

Intestino, pele, emagrecimento: os mitos e verdades sobre a ação do vinagre de mação na saúde

Milhões de americanos e brasileiros usam cigarros eletrônicos, mas há pouca pesquisa sobre como ajudá-los a parar

Como parar de fumar vape? Médicos afirmam que é mais difícil do que largar o cigarro, mas há caminhos