Finanças
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Por O Globo — Rio

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu hoje em 0,5 ponto percentual a taxa básica de juros do país, a Selic, passando de 12,25% ao ano para 11,75%. Essa é a quarta redução consecutiva e o menor patamar desde março de 2022.

O colegiado do Copom é formado por oito diretores do BC e o seu presidente, Roberto Campos Neto, que a cada 45 dias se reúnem durante dois dias para definir a taxa de juros do país. A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação. Quando os preços sobem acima do previsto, a Selic é elevada para tentar frear essa alta.

É importante ressaltar que o Copom não pode aumentar ou diminuir a taxa Selic sem que, para isso, exista uma justificativa pautada na tendência do cenário econômico e no mercado brasileiros.

Mas quem são os integrantes desse colegiado, responsável por definir a taxa básica de juros no Brasil? O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já classificou a atual diretoria como "durona".

"Nós não temos uma diretoria mais arejada no Banco Central. É uma diretoria muito hawkish (jargão econômico para uma postura austera), muito durona", afirmou.

Conheça o colegiado:

Roberto Campos Neto - presidente do BC com mandato até dezembro de 2024

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto — Foto: Lula Marques/ Agência Brasil
Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto — Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

O atual presidente do Banco Central, Roberto Campos neto, de 54 anos, fez graduação e mestrado nos Estados Unidos. Ele assumiu o comando do BC em 15 de novembro de 2018 e deve permanecer no cargo até dezembro de 2024.

Economista e com especialização em finanças tem a maior parte de sua carreira profissional atrelada à bancos. Campos Neto iniciou sua carreira no Brasil no Banco Bozano, que seria comprado na virada do milênio pelo Banco Santander, onde atuou por 18 anos.

Gabriel Muricca Galípolo - Diretor de Política Monetária com mandato até até março de 2027

Gabriel Muricca Galípolo - Diretor de Política Monetária. — Foto: Pedro França/Agência Senado
Gabriel Muricca Galípolo - Diretor de Política Monetária. — Foto: Pedro França/Agência Senado

Galípolo tem 39 anos, formado em Ciências Econômicas e mestre em Economia Política. Atuou de 2017 a 2021 como presidente do Banco Fator e, desde de 2009, é sócio na própria empresa, Galípolo Consultoria, responsável por estudos de viabilidade econômico-financeira de projetos de concessões e parcerias público-privadas (PPPs).

O Diretor de Política Monetária é um cargo fundamental dentro do BC na definição dos juros, na interlocução com o mercado financeiro e também para a política cambial.

Ailton Aquino dos Santos - Diretor de Fiscalização com mandato até março de 2027

O advogado Ailton de Aquino dos Santos é diretor de Fiscalização do Banco Central — Foto: Pedro França/Agência Senado
O advogado Ailton de Aquino dos Santos é diretor de Fiscalização do Banco Central — Foto: Pedro França/Agência Senado

Ailton Aquino dos Santos é a primeira pessoa negra a ocupar um cargo na cúpula do BC. Atualmente ele é Auditor Chefe no Banco Central e tem mais 25 anos de casa. Também já ocupou o cargo de chefe do Departamento de Contabilidade, Orçamento e Execução Financeira do BC.

Ele possui pós-graduação em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado da Bahia (1997), além de mais três especializações: Contabilidade Internacional, Engenharia Econômica de Negócios e Direito Público.

A diretoria de Fiscalização é o principal braço do BC na supervisão e monitoramento das instituições financeiras em áreas como modelo de negócios, liquidez e solvência.

Carolina Barros, diretora de Administração com mandato até dezembro de 2024

Carolina Barros, diretora de Administração. — Foto: Raphael Ribeiro/Banco Central
Carolina Barros, diretora de Administração. — Foto: Raphael Ribeiro/Banco Central

Carolina Barros é servidora de carreira da instituição e já exerceu as funções de Secretária-Executiva do Banco Central e Chefe de Gabinete da Diretoria de Administração. Desde 2012 é Chefe do Departamento de Comunicação.

Terceira mulher a ocupar a diretoria do BC em mais de 50 anos, ela assumiu em abril de 2018 indicada pelo então presidente dao BC , Ilán Goldfajn, e deve permanecer no cargo até o fim de 2024 quando expira seu mandato.

Diogo Abry Guillen, diretor de Política Econômica com mandato até dezembro de 2025

Diogo Abry Guillen, diretor de Política Econômica — Foto: Raphael Ribeiro/Banco Central
Diogo Abry Guillen, diretor de Política Econômica — Foto: Raphael Ribeiro/Banco Central

Diogo Abry Guillen tem 40 anos e é formado em economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), onde também concluiu o mestrado. Ele tem doutorado pela Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. Ele foi indicado pelo então presidente Jair Bolsonaro em 2021 para substituir Fabio Kanczuk.

Maurício Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta com mandato até dezembro de 2023

Maurício Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta — Foto: Raphael Ribeiro/Banco Central
Maurício Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta — Foto: Raphael Ribeiro/Banco Central

Maurício Moura ingressou no Banco Central em 2003 na área de Fiscalização. Desde 2017 atua como diretor. Atualmente está à frente da área de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, após ter atuado como diretor de Administração.

Anteriormente, foi chefe de gabinete do diretor de organização do sistema financeiro e do presidente do Banco Central.

Seus desafios englobam os assuntos ligados à conduta de instituições financeiras, tanto de clientes quanto prevenção à lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo, educação financeira, relacionamento institucional e comunicação com o cidadão, poderes constituídos, parlamentares e imprensa.

Renato Dias de Brito Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução com mandato até dezembro de 2025

Renato Dias de Brito Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução — Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado
Renato Dias de Brito Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução — Foto: Alessandro Dantas/PT no Senado

Renato Dias de Brito Gomes, à frente da diretoria de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução, tem 41 anos e é professor da Escola de Economia de Toulouse e pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique. O economista é bacharel e mestre pelo Departamento de Economia da PUC-Rio e PhD em economia pela Northwestern University.

Suas principais áreas de pesquisa são economia do setor público e economia industrial, com ênfase em regulação dos meios de pagamento, antitruste e defesa da concorrência. Seu mandato vai até 2025.

Otávio Damasco, diretor de Regulação com mandato até dezembro de 2024

Otávio Damasco, diretor de Regulação do Banco Central — Foto: Raphael Ribeiro/Banco Central
Otávio Damasco, diretor de Regulação do Banco Central — Foto: Raphael Ribeiro/Banco Central

Otávio Damaso é economista formado pela Universidade de Brasília (UnB), com especialização em Matemática para Economia e Administração pela mesma instituição. Funcionário de carreira do Banco Central há 17 anos, exerce desde 2011 o cargo de chefe de gabinete do presidente da instituição.

Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos até dezembro de 2023

Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos — Foto: Raphael Ribeiro/Banco Central
Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos — Foto: Raphael Ribeiro/Banco Central

Doutora em economia pela PUC-RJ, Fernanda Guardado trabalhou como economista sênior e sócia, entre 2004 e 2009, na Gap Asset Management. Foi também economista-chefe na Vinci Partners e sócia na Galanto Consulting. Depois disso, exerceu a função de economista sênior no Banco Brasil Plural até 2014. Desde 2019, trabalha como economista-chefe do Banco Bocom BBM.

A Diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos coordena a avaliação da conjuntura internacional e dos seus possíveis desdobramentos, define e valida as diretrizes referentes às negociações envolvendo serviços financeiros e investimentos e à estratégia de atuação junto aos organismos internacionais e articula ações para fortalecer a inserção internacional do BC.

Mandatos de 4 anos

Depois da autonomia do BC, sancionada em fevereiro de 2021 pelo presidente Jair Bolsonaro, a diretoria da autoridade monetária passou a ter mandatos de 4 anos com possibilidade de recondução por só uma vez.

Outras duas cadeiras ficarão vagas em 31 de dezembro deste ano: as de Fernanda Guardado, diretora de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, e de Maurício Moura, diretor de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta.

Nesta quarta-feira, os últimos indicados para uma cadeira no Copom foram aprovados pelo Senado. Paulo Picchetti e Rodrigo Alves Teixeira assumirão a partir de 1º de janeiro de 2024, respectivamente, a diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos ( substituindo Fernanda Guardado),​ e a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta (substituindo Maurício Moura).

Paulo Picchetti assume em janeiro de 2024 substituindo Fernanda Guardado

Paulo Picchetti assumirá em janeiro a diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos — Foto: Agência Senado
Paulo Picchetti assumirá em janeiro a diretoria de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos — Foto: Agência Senado

Picchetti é mestre em Economia pela Universidade de São Paulo e doutor em Economia pela Universidade de Illinois. Atualmente, trabalha como professor na Escola de Economia de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas (FGV/EESP).

Picchetti coordena o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) na FGV e acompanha a inflação há bastante tempo. Também foi coordenador de índice de preços na Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

Rodrigo Alves Teixeira assume em janeiro de 2024 substituindo Maurício Moura

Rodrigo Alves Teixeira assumirá a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do BC — Foto: Agência Senado
Rodrigo Alves Teixeira assumirá a diretoria de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta do BC — Foto: Agência Senado

Teixeira é servidor de carreira do BC com mais de 20 anos de casa. Ele tem graduação, mestrado e doutorado em economia pela Universidade de São Paulo (USP). Desde de janeiro, atua como secretário especial adjunto de Análise Governamental na Casa Civil;

Ele também trabalhou como vice-secretário municipal e chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão da Prefeitura de São Paulo, entre 2013 e 2015, período em que o ministro Fernando Haddad estava à frente da Prefeitura.

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