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Por O Globo — Rio de Janeiro

O início da noite de quarta-feira fez investidores de mercados de todo o mundo pararem em frente às telas à espera do balanço da Nvidia referente ao quatro trimestre do ano passado. Para muita gente — principalmente para quem apostou na empresa lá atrás — valeu a pena.

A gigante de data centers e dos chips com alta capacidade de processamento para inteligência artificial (IA) informou um salto de nada menos de 769% no seu lucro. Ontem, os papéis da Nvidia, já muito valorizados, dispararam na Bolsa de NY.

As ações da companhia, que já é a terceira empresa mais valiosa dos Estados Unidos e a quarta do mundo, somaram 16,40%, indo a US$ 785,38. A empresa ganhou nada menos que US$ 277 bilhões (R$ 1,4 trilhão) em apenas um dia, o equivalente a quase 2,5 Petrobras.

Com isso, após o fechamento do pregão, o valor de mercado da Nvidia saltou para US$ 1,96 trilhão, ultrapassando a Amazon, avaliada em US$ 1,81 trilhão. Mas afinal de contas, o que é essa empresa até pouco tempo conhecida somente pelos entusiastas do mundo da tecnologia?

Chip da Nvidia: aposta em inteligência artificial fez empresa dar um salto — Foto: I-Hwa Cheng/Bloomberg
Chip da Nvidia: aposta em inteligência artificial fez empresa dar um salto — Foto: I-Hwa Cheng/Bloomberg

A história da Nvidia começou em fevereiro de 1993, em Santa Clara, na Califórnia. Três engenheiros da Silicon Grapichs (Jensen Huang, Chris Malachowsky e Curtis Priem) se juntaram e criaram uma empresa para acelerar os gráficos para PCs e apostar no crescente mercado de games.

A empresa foi pioneira no desenvolvimento de unidades de processamento gráfico (GPU) e, com o passar dos anos, revolucionou a indústria de jogos eletrônicos.

Atualmente, Jensen Huang dirige a empresa. Ele transformou com sucesso a empresa, que hoje domina o mercado dos chamados aceleradores: chips que ajudam a treinar os softwares de IA, bombardeando-os com dados.

CEO da Nvidia, Jensen Huang, usa jaqueta de couro, sua marca registrada, em evento em Taiwan — Foto: I-Hwa Cheng/Bloomberg
CEO da Nvidia, Jensen Huang, usa jaqueta de couro, sua marca registrada, em evento em Taiwan — Foto: I-Hwa Cheng/Bloomberg

O conhecimento profundo sobre chips e placas gráficas posicionaram a Nvidia de forma estratégica no campo da computação. Isso porque toda e qualquer ferramenta de IA, como o ChatGPT, tem necessidade de processadores de alto desempenho.

A empresa fabrica processadores para os mercados de jogos eletrônicos e profissionais, chips para o mercado de computação automotivo, além de soluções de data center e desenvolvimento de softwares para aplicação nas áreas da saúde e telecomunicações, por exemplo.

No olimpo das 'big techs'

A chegada da Nvidia ao olimpo das empresas mais valiosas do mundo (e virar uma das "7 magníficas" das Bolsas americanas, ao lado de outras big techs) é um sinal de forte demanda por semicondutores que executam a alta demanda de processamento da inteligência artificial de ponta e do apetite dos investidores pelas empresas que fabricam esses chips.

Com a revolução da IA generativa, a divisão da Nvidia que fornece chips para centros de dados — antes um negócio secundário — tornou-se sua maior fonte de dinheiro. Diante de um aumento na demanda por chatbots e outras ferramentas, as operadoras de data center estão estocando os processadores da empresa, que são capazes de lidar com as pesadas cargas de trabalho exigidas pela IA.

Como muitos de seus pares, a Nvidia não opera sua própria produção de chips e depende da fabricação terceirizada fornecida pela Taiwan Semiconductor Manufacturing e pela Samsung Electronics.

Fundador ganha bilhões de dólares em um dia

O CEO e cofundador Nvidia, Jensen Huang, ficou US$ 8,5 bilhões mais rico ontem, depois que a empresa disparou 16% na Bolsa, ganhando mais de US$ 230 bilhões em valor de mercado.

Jensen Huang, CEO da Nvidia, é recebido como celebridade em Taiwan — Foto: Bloomberg
Jensen Huang, CEO da Nvidia, é recebido como celebridade em Taiwan — Foto: Bloomberg

A fortuna do bilionário chegou a US$ 68,1 bilhões. Com isso, ele ascendeu ao 21º lugar no índice de bilionários da Bloomberg. Até o início de 2023, Huang estava na 128º posição, com um patrimônio líquido de US$ 13,5 bilhões.

Projeções otimistas

Nessa quarta-feira, a Nvidia também divulgou anteontem projeções otimistas, indicando que os lucros extraordinários podem não parar por aí. Ela estima que o faturamento no trimestre corrente fique em cerca de US$ 24 bilhões, acima das previsões de analistas de US$ 21,9 bilhões em média.

Embora os resultados fossem muito aguardados, com o mercado na esperança de que a Nvidia atenderia às estimativas de receita e garantiria aos investidores que ela vê mais crescimento na inteligência artificial generativa, os números superaram em muito as estimativas.

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