Finanças
PUBLICIDADE
Por — São Paulo

O dólar fechou em queda nesta quarta-feira, cotado a R$ 5,04, após bater a marca de R$ 5,09 durante o dia, pela primeira vez desde outubro do ano passado. Esse movimento recente de valorização da moeda americana não é um fenômeno isolado para Paulo Gala, professor de economia na FGV-SP e economista chefe do Banco Master.

A moeda sobe frente às principais divisas de países emergentes do mundo por uma razão única: os juros dos títulos americanos de dez anos atingiram a máxima do ano, atraindo fluxo de recursos. Enquanto o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) não iniciar o ciclo de baixa de juros, a pressão sobre as moedas emergentes deve continuar, afirma o economista

Por que o dólar tem se valorizado nas últimas semanas?

Porque o juro americano está na máxima do ano, devastando as moedas emergentes. A relação é direta: os juros nos EUA estão ficando altos por mais tempo do que se esperava. O treasurie de dez anos (título do tesouro americano) atingiu na máxima do ano. Subiu de 3,80% na mínima para 4,40% ao ano. São mais de 50 pontos de alta. Isso atrai fluxo de capital. Enquanto o título não voltar para menos de 4%, vai ser difícil a apreciação de divisas de países emergentes.

O Banco Central brasileiro interveio no mercado de câmbio, mas a moeda americana continua flutuando acima de R$ 5. Não teve efeito essa intervenção?

É difícil dizer que não houve efeito. Se o BC não tivesse atuado como estaria a cotação?

O presidente do BC afirmou que fez a intervenção porque havia vencimento de um lote grande de títulos cambiais e não pela cotação acima de R$ 5.....

O BC interveio para oferecer mais liquidez. Não para interferir na cotação da moeda americana. Até porque o lote que venceu equivalia a US$ 3 bilhões, e a autoridade monetária ofereceu US$ 1 bilhão. Ele reduz a volatilidade. Grandes saltos da moeda não são saudáveis. Mas o real está se comportando bem em relação a outras moedas de emergentes. O peso chileno, por exemplo, já se desvalorizou quase 8% enquanto o real caiu 3,6% frente ao dólar.

Há algum fator doméstico pressionando o real? Por exemplo, a sucessão do presidente do BC, Roberto Campos, este ano, poderia pressionar o real?

Não há fator doméstico pressionando o real. E também não acredito que a troca de comando no BC tenha esse efeito. Até porque se assumir um nome mais alinhado com o governo, como o do economista Gabriel Galípolo, atualmente diretor de Política Monetária, ele tem perfil técnico e conhecimento de mercado.

O fato de o país ter reservas cambiais de US$ 350 bilhões e ter feito um saldo comercial de US$ 100 bilhões ajuda a proteger o real de uma desvalorização mais forte?

Sim. O Brasil tem a posição mais tranquila entre os países emergentes. Nenhum teve um superávit de US$ 100 bilhões, com exceção da China. E as reservas cambiais são elevadas.

Qual a sua expectativa para o dólar no fim do ano frente ao real?

Vai voltar abaixo de R$ 5, para perto de R$ 4,90.

Webstories
Mais recente Próxima Por que o dólar voltou a subir? E o que levou o BC a intervir no câmbio hoje?
Mais do Globo

Daniel Coimbra lista os tratamentos que deixam a pele do pescoço mais firme e fala sobre reversão de harmonização facial: 'O ácido hialurônico em grande quantidade estimula a produção de gordura'

'Excesso de preenchedor não dá certo', alerta dermatologista

Marília Nery agradeceu carinho do clube e da torcida com a família

'Em choque', diz mãe de Totói após Landim anunciar título de sócio honorário para filho de Everton Ribeiro

Contrato é até junho de 2025, mas ele pode ser adquirido em definitivo em cado de 'determinados critérios desportivos' alcançados

Yan Couto é anunciado pelo Borussia Dortmund, após oficializar empréstimo do Manchester City

Brasileiro estreou pelo clube espanhol e foi descrito como 'sensação' da pré-temporada

No Real Madrid, Endrick revela para quais astros vai pedir conselhos e expectativa para 1º duelo contra Barcelona

Local é especializado em educação infantil

Após 60 anos, tem fim o espaço 'Tabladinho', na Lagoa

Um dos mais refinados solistas de atualidade, músico despontou internacionalmente em 1982, colaborou com os principais nomes da música clássica e acreditava no canto como meta do seu fraseado

Morre o violoncelista Antonio Meneses, aos 66 anos

Segundo comunicado da Guarda Revolucionária, Israel foi 'apoiado pelos Estados Unidos' no ataque

Guarda Revolucionária do Irã afirma que líder do Hamas morreu em ataque de 'projétil de curto alcance'

Atletas se enfrentam no início da tarde

Adversária de boxeadora da Argélia por medalha, húngara luta com gritos estilo Guga, do tênis

Cantor precisou cancelar show por recomendação médica

Lulu Santos é internado com sintomas de dengue no Rio de Janeiro