Finanças
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Por — São Paulo

Em conversa com jornalistas, o vice-presidente financeiro do Itaú Unibanco, Alexsandro Broedel, disse que os dados de faturamento do primeiro trimestre foram influenciados por um movimento do banco focando em seu 'core business' e do aumento dos investimentos em novos negócios e tecnologias. O lucro da empresa chegou a R$ 9,7 bilhões nos três primeiros meses de 2024, o que representa aumento de 15,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

Frente ao trimestre anterior, de outubro a dezembro de 2023, o crescimento foi de 3,9%. Além disso, os custos do Itaú caíram 6,2% no trimestre, chegando a R$ 14,4 milhões. Ano contra ano, houve crescimento de 4,3%.

Menor captação em 'mar aberto'

A empresa vem tocando ajustes relevantes, reduzindo a base de clientes com maior risco de inadimplência. O CEO, Milton Maluhy Filho, explica que o Itaú reduziu sua captação de clientes em “mar aberto” — quando o banco, por meio de canais online, busca clientes sem ter conhecimento sobre seu histórico financeiro.

Ele comenta que a renda dos brasileiros foi bastante comprometida devido ao aumento na oferta de cartões de crédito nos últimos anos, deixando o mercado saturado:

— Isso naturalmente fez com que o Itaú tivesse que fazer um ajuste. A carteira de cartões de crédito tem um tamanho muito maior no mix (de produtos), do que o mercado como um todo. Como foi uma carteira que sofreu mais ajustes, acaba tendo peso inercial no crescimento. A gente deve crescer acima do piso do guidance ao longo do ano, o que vai depender da conjuntura, naturalmente — afirma.

O Itaú espera uma certa estabilidade na inadimplência, que já se encontra em nível compatível ao ano anterior à pandemia. O guidance (estimativa de resultados) do banco para o ano de 2024 está na janela de 6,5% a 9,5%.

A companhia anualizou os números referentes ao primeiro trimestre do ano para entender o nível de proximidade em relação ao guidance. Se considerados como parâmetro os dados publicados ontem, o resultado estaria um pouco abaixo da estimativa. No primeiro trimestre, desconsiderado o câmbio, a carteira subiu 5,6%.

— No entanto, só a carteira Brasil cresceu 6,6% no ano contra ano. Se olhássemos só o Brasil, já estaríamos acima do piso do guidance. Reafirmamos o guidance, porque o maior efeito negativo para carteira nesse trimestre foi a variação cambial, e o grosso do impacto é na América Latina.

A carteira de crédito acumulou R$ 1,18 trilhão. Houve aumento expressivo no último ano, principalmente no Brasil, onde esse crescimento foi de 6,6% — mais que o dobro da taxa geral de 2,8%.

O aumento da carteira ocorreu em todos os segmentos no país: 2,6% em pessoas físicas, 10,2% em micro, pequenas e médias empresas, e 9,3% em grandes empresas. Na comparação com o último trimestre de 2022, a carteira de crédito alavancou 1,5% apenas no Brasil, versus aumento geral de 0,7%.

Segundo o comunicado, o crescimento da carteira e da maior margem com passivos, além dos melhores spreads, levaram a um crescimento de 7,4% na margem financeira com clientes. As receitas provenientes de serviços cresceram 4,9%, principalmente pelo aumento do faturamento de cartões, fora os ganhos com administração de fundos e banco de investimento.

Show da Madonna foi 'celebração'

O CEO também comentou o sucesso do show da Madonna em Copacabana, realizado no final de semana, dizendo o evento foi uma forma de dar um presente aos brasileiros:

— Foi um evento de celebração. [...] O que a gente queria dar para a população, para o país, é um show da relevância como o show da Madonna. Naturalmente, a Madonna tem o script dela, o roteiro dela, a gente não entra nesse tipo de discussão. É o show que ela define, que o time dela define. Fico feliz com toda a realização, com todo o impacto que gera. E o demais eu deixo para os críticos construtivos e não construtivos, que possam cada um ter suas opiniões sobre o evento e sobre o show.

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