Dólar turismo chega a ser negociado a R$ 6; entenda

As operações também incluem as taxas de 1,1% e 4,38%, correspondentes ao Imposto sobre Operações Financeiras e sobre o valor total emitido em espécie e no cartão, respectivamente.

Por volta das 15h, o dólar em espécie era vendido a R$ 5,74 na casa de câmbio Travelex Confidence. Já na opção do cartão pré-pago, a moeda saia pelo valor de R$ 5,84. Já a divisa europeia era negociada a R$ 6,17 em espécie e R$ 6,27 com o pagamento em cartão.

A corretora Western Union Câmbio vendia dólar em espécie também a R$ 5,74 e o euro a R$ 6,14. No entanto, na modalidade de pagamento com uso do cartão, os valores alcançaram a máxima de R$ 6 para o dólar e R$ 6,42 para o euro.

Já na DG Câmbio, a moeda americana era comercializada no início da tarde a R$ 5,68, e o euro a R$ 6,12, apenas na modalidade de moeda em espécie.

Nesta segunda-feira, o dólar opera em forte alta, alcançando o valor de R$ 5,42 na máxima do dia. Por volta das 16h, o câmbio subia 0,78%, cotado a R$ 5,42.

Diego Costa, diretor de câmbio para o norte e nordeste da B&T Câmbio, avalia que o boletim Focus, do Banco Central, divulgado nesta segunda, contribuiu para elevar o mal-estar do mercado.

A reunião de Lula com ministros mais tarde para debater o orçamento também está no radar do mercado.

— Esta reunião é vista como essencial para delinear os próximos passos do governo em relação à gestão das contas públicas, buscando um equilíbrio entre responsabilidade fiscal e investimentos necessários para o desenvolvimento do país — opina Costa.

Lá fora, o índice DXY (que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas) operava na estabilidade, mas os juros futuros americanos operavam em forte alta, pressionando os ativos por aqui.

Os juros futuros também operaram em forte alta ao longo da manhã, após o boletim Focus, do Banco Central, mostrar que o mercado não vê mais espaço para cortes na Selic neste ano.

Os analistas ouvidos pelo BC elevaram mais uma vez a perspectiva para a taxa básica de juros no fim deste ano, de 10,25% para 10,50%, confirmando a visão majoritária de que o ciclo de cortes de juros se encerra nesta quarta-feira, dia de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Os contratos com vencimento em janeiro de 2025 subiam de 10,66% para 10,69%, os com vencimento em janeiro de 2026 avançavam de 11,20% para 11,28% e os com vencimento em janeiro de 2027 apontavam para 11,59%, ante 11,50% na última sessão. Os juros futuros com vencimento em janeiro de 2029 subiam de 11,88% para 11,97%.