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Por — Rio de Janeiro

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GERADO EM: 19/06/2024 - 18:37

Selic em 10,5%: impactos nos investimentos

O Copom manteve a Selic em 10,5%, afetando investimentos de renda fixa. Analistas recomendam atenção aos títulos pós-fixados e diversificação da carteira, indicando também oportunidades na renda variável, como ações de setores específicos e fundos imobiliários.

A Receita Federal libera nesta sexta-feira a consulta ao segundo lote de restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de 2024. Para muitos contribuintes, o dinheiro extra pode ajudar a fechar as contas do mês ou a quitar dívidas.

E, para quem está no vermelho, analistas são unânimes em dizer que a prioridade deve ser esta. Mas, para o contribuinte que estiver com as contas em dia, o ideal é aplicar o valor da restituição. Mas qual é o melhor investimento neste momento?

Veja, abaixo, algumas opções.

Renda fixa

O Banco Central interrompeu, nesta semana, o ciclo de redução da taxa básica de juros: a Selic foi mantida em 10,5% ao ano. Com isso, títulos de renda fixa pós-fixados (ou seja, que variam conforme a oscilação dos juros) podem ser uma opção a curto prazo:

— Conseguimos aproveitar os pós-fixados de curto prazo, já que a Selic deve ficar algum tempo ainda elevada. Mas deve-se ter atenção, porque prazos maiores “prendem” o investimento na carteira — diz Maria Luísa Nepomuceno, analista de renda fixa da Nord Research.

O prazo, segundo ela, é importante para que haja possibilidade de o investidor migrar de aplicação no futuro caso a taxa de juros comece a cair.

Os títulos de renda fixa pós-fixadas podem ser CDBs, papéis do Tesouro Direto ou letras de crédito (LCIs e LCAs). Estes últimos, segundo os especialistas, tornam-se mais atraentes ainda, já que o retorno líquido pode ser superior às outras aplicações por serem isentos de Imposto de Renda.

Tesouro Direto

Os analistas de renda fixa afirmam que uma opção pode ser investir em títulos do Tesouro Direto. Eles podem ser pós-fixados (Tesouro Selic), prefixados ou atrelados à inflação (IPCA+)

Os ganhos com os títulos prefixados dependem e muito da relação entre a expectativa de mercado e a atuação do Banco Central.

Para Maria Luísa, esse título possui mais volatilidade por conta do que o mercado precifica como risco. Pioras no cenário fiscal podem refletir em aumento da taxa de juros praticada no mercado, ou seja: o investidor posicionado nos títulos prefixados pode correr risco de ter uma variação negativa.

Apesar disso, Vinicius Romano, especialista de renda fixa da Suno Research, diz que um título prefixado pode ser uma das opções dentro de uma cesta de investimentos:

— Acredito que uma carteira diversificada entre os três indexadores da renda fixa (pós, pré e IPCA+) e outras classes de ativos seja interessante.

Para prazos mais longos, o destaque fica por conta dos títulos atrelados à inflação, como o IPCA+. Além de remunerarem o investidor com a variação da inflação — ou seja, protegem o poder de compra do investimento - esses papéis ainda pagam uma taxa de juros. E, neste momento, destacam os especialistas, estão pagando taxas elevadas:

— Os juros reais estão em torno dos 6,30% (ou seja, além da inflação), taxa que vemos em poucas janelas de oportunidades para ativos de renda fixa — diz a analista da Nord.

É o caso do Tesouro IPCA+ para 2029 e 2035. Analistas explicam, porém, que para ter esta rentabilidade de 6,30% mais a inflação, é preciso ficar com o papel na carteira até o vencimento do título. Caso o investidor precise do recurso antes e venda o título, o fará pelo preço que o mercado estiver pagando no momento - o que pode resultar numa rentabilidade menor.

Renda variável

O mercado de títulos está num bom momento agora, diz Arthur Pereira, especialista em renda variável da Ável Investimentos. Mas ele avalia que destinar parte dos recursos para aplicações em Bolsa também pode ser uma boa estratégia, apesar de os juros estarem em patamar alto.

— A Bolsa está barata, se compararmos os últimos dez anos. Indicadores, como preço/lucro, indicam um potencial muito bom de compra. Muitos investidores tem se posicionado neste momentos de queda, focando em papéis que paguem bons dividendos (parcela do lucro distribuída aos acionistas) — diz ele, elencando ações do setor de energia, saneamento e do setor bancário com distribuição de proventos maior.

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