Economia

Huawei: diretora presa no Canadá acusa EUA de 'envenenarem' seu processo

Meng Wanzhou diz que governo Trump quer usá-la como moeda de troca e engana governo canadense sobre provas ligadas a sua extradição
Meng Wanzhou, diretora financeira da Huawei: acusação ao governo de Donald Trump. Foto: LINDSEY WASSON / Reuters
Meng Wanzhou, diretora financeira da Huawei: acusação ao governo de Donald Trump. Foto: LINDSEY WASSON / Reuters

OTTAWA - A diretora financeira da Huawei Technologies, Meng Wanzhou, hoje no centro de uma amarga disputa entre China e Canadá, está recorrrendo a um novo argumento para interromper sua extradição para os EUA num processo que a julga por fraude.

Em uma nova ação judicial, Wanzhou acusa o governo dos EUA de usá-la como moeda de troca e de enganar o governo canadense sobre as evidências do caso, informou o jornal Globe and Mail.

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Ela requer a suspensão da extradição, depois que sua primeira tentativa de interromper os procedimentos falhou em maio.

A equipe jurídica de Meng diz no processo que os processos judiciais "estão envenenados" e "não podem mais ser considerados razoavelmente justos, independentemente da indubitável boa-fé do tribunal", segundo o Globe.

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Os advogados de Meng acusaram os EUA de distorcer fatos e citar seletivamente evidências contra ela.

Meng foi presa em uma escala de voo em Vancouver em dezembro de 2018. Logo depois, a China deteve dois canadenses e interrompeu bilhões em importações agrícolas do Canadá.

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As autoridades chinesas indiciaram os homens por acusações de espionagem no mês passado.

O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, resistiu à pressão para interromper o processo de extradição da executiva da Huawei como parte de uma troca de prisioneiros pelos dois canadenses.

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