NOVA YORK — As ações da XP, negociadas em Nasdaq, fecharam em forte queda nesta quarta-feira, com os investidores repercutindo de forma negativa o balanço do primeiro trimestre divulgado na véspera. Os papéis recuaram 7,46%, negociados a US$ 21,83.
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Com a queda a empresa perdeu US$ 985 milhões em valor de mercado segundo dados da Economatica, chegando a um patamar de US$ 12,215 bilhões ante os US$ 13,200 bilhões do fechamento anterior.
A captação líquida da empresa foi de R$ 46 bilhões, com queda de 33,3% na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, e de 4,2% ante o último trimestre de 2021.
Mesmo sem considerar a custódia concentrada, que costuma ser mais volátil, o ingresso líquido de recursos ficou em R$ 30 bilhões ante os R$ 43 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.
A empresa fechou março com base uma base de 3,504 milhões de de clientes ativos, alta de 17% em 12 meses, mas praticamente estável ante dezembro, quando tinha 3,416 milhões.
A XP encerrou os três primeiros meses de 2022 com lucro líquido ajustado de R$ 987 milhões, avanço de 17% na comparação com o mesmo período do ano passado. O número, no entanto, representa uma queda de 9,1% em relação ao último trimestre do ano passado.
A receita bruta teve crescimento anual de 17%, para mais de R$ 3,2 bilhões.
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No pregão, os mercados americanos fecharam com altas, após o anúncio da decisão de política monetaria do Federal Reserve, Banco Central do país.
Em relatório, analistas do Credit Suisse avaliaram o resultado como negativo para as ações devido a significativa perda de receita, principalmente liderada pelos serviços de varejo e emissor.
“As receitas de serviços de varejo e emissor foram afetadas pela distribuição e originação muito menores de instrumentos de mercado de capitais no trimestre (especialmente instrumentos de renda fixa), conforme sugerido pelos dados de mercado de capitais da Anbima. A perda de receita ocorreu apesar do XP ter um impacto positivo nas receitas institucionais das operações de derivativos de clientes”, destacaram os analistas, Marcelo Telles, Bruna Amorim e Daniel Vaz
O banco ressalta que o cenário continua desafiador, com os riscos inclinados para o lado negativo.
O Credit tem recomendação neutra para a ADR, com preço-alvo de US$ 30.