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Conheça o Guangzhou Evergrande, clube de futebol da gigante chinesa que derrubou a Bolsa

Time conta com cinco brasileiros na atual temporada e já teve nomes de peso, como Robinho, Paulinho e Felipão
Foto aérea do futuro estádio do Guangzhou Evergrande, que terá capacidade para 100 mil pessoas Foto: STR / AFP
Foto aérea do futuro estádio do Guangzhou Evergrande, que terá capacidade para 100 mil pessoas Foto: STR / AFP

RIO - A gigante imobiliária Evergrande, que vem levando tensão aos mercados globais por causa do temor de um calote na China, tem rendido milhões de dólares para alguns brasileiros há uma década. Nada a ver com o comércio imobiliário, mas com o futebol.

Desde 2010, a empresa é dona do clube Guangzhou Evergrande, que passou a dominar o campeonato chinês, recheado de jogadores do Brasil, como Robinho e Paulinho, e também já foi comandado pelo técnico pentacampeão mundial, Luiz Felipe Scolari. Das 10 edições disputadas da primeira divisão, venceu oito - foi campeão da segunda divisão em 2010. Ainda conta com um bicampeonato da Liga dos Campeões da Ásia (2013 e 2015).

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Atualmente, cinco brasileiros atuam no clube, sendo que quatro deles são naturalizados chineses: os atacantes Elkeson, Alan, Fernandinho e Aloísio. Apenas Ricardo Goulart, também atacante, não possui cidadania chinesa.

Ao todo, foram 14 atletas brasileiros com passagens pelo clube milionário, que se auto intitula como o "Chelsea Asiático" (o clube inglês, atual campeão da Champions,  que foi comprado pelo bilionário russo Roman Abramovich).

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Um dos brasileiros mais reverenciados no clube é o atacante Muriqui, conhecido no Brasil por suas passagens pelo Vasco e Atlético-MG. Ele foi um dos responsáveis pelo título do acesso à elite chinesa e atual no clube por seis temporadas.

Paulinho e Ricardo Goulart também estão entre os mais longevos no time asiático. O volante chegou a passar uma temporada no Barcelona, mas o clube catalão o vendeu de volta aos chineses por 42 milhões de euros. Já o atacante voltou ao Brasil em 2019 para uma rápida passagem pelo Palmeiras e retornou à China com um salário de R$20 milhões anuais.

O dinheiro da gigante chinesa não atraiu apenas os brasileiros. O atual técnico do clube é o ex-capitão da Itália e campeão mundial em 2006, Fabio Cannavaro. Outro nome forte no clube foi o do argentino Darío Conca, que deixou o Fluminense em 2011 para receber cerca de R$ 2 milhões por mês por duas temporadas.

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Os valores astrônomicos gastos pelo clube não são novidade. Inclusive, se prepara para inaugurar o maior estádio do mundo, ano que vem. Com capacidade para 100 mil pessoas, ao custo de  US$ 1,7 bilhão, ele terá o formato de uma flor de lótus gigante.