Economia

Lista com as 100 start-ups mais promissoras aponta crescimento acelerado no setor

Seleção publicada pela revista PEGN mostra investimentos, vendas e empregos em alta nos pequenos negócios inovadores
Maior empresa de monitoramento e rastreabilidade do agronegócio no país, a Agrotools está entre as empresas consideradas inovadora e com potencial de crescimento pela Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios Foto: Divulgação / .
Maior empresa de monitoramento e rastreabilidade do agronegócio no país, a Agrotools está entre as empresas consideradas inovadora e com potencial de crescimento pela Revista Pequenas Empresas Grandes Negócios Foto: Divulgação / .

RIO — Pequenos negócios inovadores, em crescimento acelerado e que atraem cada vez mais investimentos no Brasil. Esse é o cenário traçado na lista “100 Start-ups to Watch”, divulgado na edição da revista Pequenas Empresas Grandes Negócios (PEGN) lançada hoje. A compilação aponta empresas com soluções inovadoras com potencial de liderança em seus segmentos e de atração de investidores.

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Em sua quarta edição, a lista destaca cem empresas selecionadas entre 2.063 inscritas. As start-ups foram submetidas a uma avaliação técnica feita pela EloGroup e pela Innovc e ainda passaram pelo crivo de uma banca de 27 jurados especializados. Durante o processo, foram analisados quesitos como grau de inovação, potencial de mercado e maturidade.

A lista traz start-ups classificadas por ordem alfabética e por setores, como Agrotools (agronegócio), Workalove (educação), QueroQuitar (finanças), Cubi Energia (impacto), MindMiners (marketing e vendas), Intera (RH), Genera (saúde e bem-estar), Justto (serviços), Pluga (TI) e Tembici (transporte).

O ano de 2021 deve se tornar um marco na indústria de inovação do país, apesar do impacto da pandemia. Segundo o levantamento Inside Venture Capital Report, as start-ups receberam aportes de US$ 2,35 bilhões (cerca de R$ 12 bilhões) entre janeiro e abril no país. Isso representa mais da metade (66%) do que elas captaram em todo o ano passado.

Receita acima de R$ 1 milhão

Os dados coletados com as empresas da lista das “100 Start-ups to Watch” dão um bom panorama do ecossistema no país. Há mais empresas nas fases de tração, quando já estão entrando no mercado ou no estágio inicial de crescimento, e de escala, quando experimentam a aceleração de sua evolução. Na lista de 2020, 47,1% estavam no estágio de tração e 32,93%, no de escala. Em 2021, são 51,3% e 39,1%, respectivamente.

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Não por acaso, as start-ups com faturamento anual acima de R$ 1 milhão representaram 45,3% das listadas. A fatia quase dobrou em relação à de 23,5% em 2020.

O grupo das que têm receita acima de R$ 60 milhões cresceu de 0,6% para 1,7% na mesma comparação. Mas o maior avanço foi entre as que faturam entre R$ 3,6 milhões e R$ 12 milhões, um salto de 7,2% para 15,4% entre 2020 e 2021.

Em termos de investimentos, mais da metade das jovens empresas listadas recebeu mais de R$ 1 milhão entre janeiro e abril. E quem estava por trás desses aportes? A maioria dos recursos veio de investidores-anjo, que apostam em empresas nascentes com grande potencial de crescimento: 41,5% (em 2020, eram 37,7%). Em seguida aparecem os fundos de venture capital (capital de risco), com 27%, e os programas de aceleração, com 13,4%.

As empresas destacadas geram empregos. Nenhuma conta só com o empreendedor. Em 35% há entre 11 e 30 funcionários. Em 22%, mais de uma centena.