Economia Negócios

Magazine Luiza compra processadora de cartões e chega à 18ª aquisição desde 2020

Valor do negócio não foi divulgado. Segundo a companhia, objetivo é complementar serviços da Hub Fintech, oferecendo a emissão de cartões de crédito e débito
Loja física do Magazine Luiza: empresa compra processadora de cartões Foto: Divulgação / Agência O Globo
Loja física do Magazine Luiza: empresa compra processadora de cartões Foto: Divulgação / Agência O Globo

RIO - O Magazine Luiza anunciou nesta terça-feira a compra da Bit55, plataforma de processamento de cartões de crédito e débito na nuvem. É a décima oitava aquisição pela varejista desde o início do ano passado e a sétima somente neste ano.

O valor do negócio não foi divulgado. De acordo com o Magalu, a plataforma de tecnologia foi desenvolvida pelo Banco BS2 para processamento de seus próprios cartões.

"Com um modelo escalável, a Bit55 possui uma capacidade de processamento de mais de 2 mil transações por segundo, o que garante um tempo de resposta muito rápido e uma melhor experiência de compra", afirmou Robson Dantas, diretor de fintech do Magalu, em relatório divulgado aos acionistas.

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O objetivo é que a nova empresa complemente os serviços gerenciados pela Hub Fintech , oferecendo mais autonomia ao seu setor financeiro. Na prática, a ideia é iniciar a emissão de cartões de crédito e débito, além dos atuais cartões pré-pago e contas digitais oferecidos aos clientes.

O fechamento da compra ainda depende da avaliação e aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Apetite para novas compras

O Magalu já comprou 18 empresas desde o ínicio de 2020, entre fintechs, plataformas de conteúdo, delivery, logística e outros. As compras mais recentes foram a SmartHint, GrandChef, ToNoLucro, VipCommerce e Steal The Look.

Em entrevista à jornalistas em abril, Eduardo Benjamin Galanternick, vice-presidente de negócios do Magazine Luiza, revelou que ainda havia apetite para novas compras .

O investimento se insere em uma estratégia mais ampla da gigante do varejo de ganhar espaço na disputa acirrada do e-commerce , onde concorre com empresas como Mercado Livre, Via Varejo e B2W.

A nova compra faz parte do objetivo perseguido pela empresa desde o ano passado de se tornar um "Super App", a fim de oferecer as melhores soluções - desde logística até meios de pagamentos e plataformas de conteúdo - aos clientes.

Na avaliação de Alexandre Pierantoni, diretor da Duff & Phelps no Brasil, a compra da plataforma aumenta a competitividade da varejista no meio digital:

— Mais do que isso, completa e reforça a presença da rede em toda a cadeia de relacionamento com o consumidor: desde a identificação e necessidade da compra, ao meio de pagamento e processamento, a logística e acompanhamento de entrega do produto — explica Pierantoni.