BRASÍLIA - O ministro da Economia, Paulo Guedes, concedeu nesta sexta-feira uma entrevista à imprensa de quase três horas com o objetivo de fazer um balanço deste ano. No encontro virtual, Guedes recorreu a frases de efeito para avaliar o cenário político.
Analítico : Em balanço de fim de ano, Guedes deixa para trás promessas para a 'semana que vem'
Ele se comparou a uma barragem que pode estourar como a de Brumadinho, disse que era um "pato novo" ao confiar em acordos políticos e negou ser superministro ao dizer que pode ser "demissível em cinco minutos". Veja a seguir as principais frases:
Promessas não cumpridas
— Pato novo mergulha fundo. Eu não conhecia a política direito, acreditava, saía lá e falei “em 40 dias vou entregar alguma coisa”. Aí você vê que a política é complicada, e leva seis meses. Quem paga a conta sou eu.
Novas promessas
— Estou aprendendo. Resultado: não prometo mais nada. Agora acabou, não prometo mais nada.
Sua situação no governo
— Eu nunca acreditei que eu sou superministro de nada. Sou demissível em cinco minutos. Quem é que é super se pode ser demissível em cinco minutos? Sou um ministro como todos e sou o mais vulnerável.
“Pato novo mergulha fundo”
Janelas de reformas
— Nós estamos entregando quando a janela abre. Toda vez que a janela abre a gente enfia o dedo lá. Só que a janela fecha toda hora, você tira a mão para não perder a mão. Mas nós vamos continuar enfiando a mão lá, e bota mais uma reforma.
Críticas ‘injustas’ de amigos
— Às vezes para preservar uma amizade você bloqueia o Zap. Ignora por quatro anos e quanto encontrar dá um grande sorriso e um grande abraço.
Respeito ao teto de gastos
— Quem quiser gastar, vem fazer um furozinho no meu teto. (Eu digo a outros ministros:) os senhores podem me transformar em uma Itaipu, gerar energia para todo mundo, ou pode me transformar em Brumadinho. Eu sou uma represa que quer gerar energia.
Liberais
— Há 30, 40 anos os liberais cabiam numa kombi. Hoje é o contrário, sou acusado de não ser liberal o suficiente. Isso é reconfortante.