Economia Brasília

‘Não sou superministro, sou demissível em cinco minutos’: veja frases de Guedes em balanço de fim de ano

Ministro deu entrevista sobre 2020 em que atribuiu promessas não cumpridas a inexperiência política
O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante entrevista com balanço de fim de ano Foto: Edu Andrade / ME
O ministro da Economia, Paulo Guedes, durante entrevista com balanço de fim de ano Foto: Edu Andrade / ME

BRASÍLIA - O ministro da Economia, Paulo Guedes, concedeu nesta sexta-feira uma entrevista à imprensa de quase três horas com o objetivo de fazer um balanço deste ano. No encontro virtual, Guedes recorreu a frases de efeito para avaliar o cenário político.

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Ele se comparou a uma barragem que pode estourar como a de Brumadinho, disse que era um "pato novo" ao confiar em acordos políticos e negou ser superministro ao dizer que pode ser "demissível em cinco minutos". Veja a seguir as principais frases:

Promessas não cumpridas

— Pato novo mergulha fundo. Eu não conhecia a política direito, acreditava, saía lá e falei “em 40 dias vou entregar alguma coisa”. Aí você vê que a política é complicada, e leva seis meses. Quem paga a conta sou eu.

Novas promessas

— Estou aprendendo. Resultado: não prometo mais nada. Agora acabou, não prometo mais nada.

Sua situação no governo

— Eu nunca acreditei que eu sou superministro de nada. Sou demissível em cinco minutos. Quem é que é super se pode ser demissível em cinco minutos? Sou um ministro como todos e sou o mais vulnerável.

“Pato novo mergulha fundo”

Paulo Guedes
Ao explicar falta de experiência política

Janelas de reformas

— Nós estamos entregando quando a janela abre. Toda vez que a janela abre a gente enfia o dedo lá. Só que a janela fecha toda hora, você tira a mão para não perder a mão. Mas nós vamos continuar enfiando a mão lá, e bota mais uma reforma.

Críticas ‘injustas’ de amigos

— Às vezes para preservar uma amizade você bloqueia o Zap. Ignora por quatro anos e quanto encontrar dá um grande sorriso e um grande abraço.

Respeito ao teto de gastos

— Quem quiser gastar, vem fazer um furozinho no meu teto. (Eu digo a outros ministros:) os senhores podem me transformar em uma Itaipu, gerar energia para todo mundo, ou pode me transformar em Brumadinho. Eu sou uma represa que quer gerar energia.

Liberais

— Há 30, 40 anos os liberais cabiam numa kombi. Hoje é o contrário, sou acusado de não ser liberal o suficiente. Isso é reconfortante.