Conheça os planos de Gol, Azul e Embraer para tirar do papel os ‘carros voadores’

Companhias travam corrida pelo domínio dos céus das cidades, antecipando o cenário futurista dos Jetsons
Simulação de voo do modelo de eVTOL da alemã Lilium, que a Azul quer trazer ao Brasil a partir de 2025 para trajetos curtos, como Rio-Búzios ou São Paulo-Guarujá Foto: Reprodução / Divulgação

SÃO PAULO - Nos últimos meses, anúncios de parcerias e a divulgação de desenhos com simulações futuristas dignas do desenho animado "Os Jetsons" têm marcado uma disputa pelos ares das grandes cidades, embora ainda no papel dos projetos.

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Trata-se da corrida pelos chamados “carros voadores”, veículos aéreos elétricos (os chamados e-VTOLs), que prometem funcionar como uma espécie de táxi aéreo para curtas distâncias. 

A promessa é de viagens bem mais baratas e menos barulhentas que as dos atuais helicópteros, o que poderia popularizar em pouco tempo um novo meio de transporte. 

Azul firmou parceria com a alemã Lilium para trazer ao país 220 carros voadores a partir de 2025 Foto: Divulgação

Há dezenas de projetos desse tipo em desenvolvimento no mundo, geralmente unindo fabricantes de aeronaves e companhias aéreas, mas no Brasil três chamam a atenção.

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Veja a seguir como as empresas brasileiras estão se preparando para esta tendência:

Gol

Gol anucia malha de carros voadores elétricos no país em 2025. São aeronaves do tipo VA-X4 eVTOL, criada pela britânica Vertical Aerospace. Embraer e Azul já anunciaram investimentos no segmento Foto: Divulgação/Vertical Aerospace

A parceria entre a companhia aérea brasileira Gol e a britânica Avalon tem como objetivo ter 250 aeronaves elétricas, com decolagem e pouso vertical, operando em 2025. 

Os aparelhos do tipoVA-X4 eVTOL foram criados pela britânica Vertical Aerospace. O acordo anunciado esta semana busca ajudar a Gol a crescer no transporte aéreo regional.

As aeronaves poderão transportar até quatro passageiros e um piloto, com autonomia para cumprir uma viagem de até 160 quilômetros

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Azul

Simulação de embarque no Lilium, veículo voador elétrico que tem capacidade para seis passageiros e um piloto. Decolagem é vertical, como os helicópteros. Azul quer operá-los no Brasil a partir de 2025 para voos curtos, como entre São Paulo e Guarujá ou Rio e Paraty. Foto: Reprodução/Divulgação

A companhia aérea brasileira Azul foi buscar na alemã Lilium uma parceria para trazer ao país 220 aeronaves do tipo eVTOL a partir de 2025. 

O modelo tem autonomia de 250 quilômetros de voo a 3 mil metros de altitude. Objetivo é operar rotas curtas para aumentar a conectividade entre cidades. 

A Azul vai investir até US$ 1 bilhão na aquisição dos aparelhos quando saírem do papel. Eles podem transportar seis pessoas, além do piloto, e têm compartimento de bagagem.

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A decolagem vertical dos eVTOL, como é a dos drones e dos helicópteros, deve facilitar a infraestrutura de embarque de desembarque. 

O aparelho em desenvolvimento tem autonomia de 250 quilômetros de voo a 3 mil metros de altitude.

O eVTOL demandará uma infraestrutura bem mais simples que a necessária para os aviões nos aeroportos. A decolagem é vertical, como helicópteros e drones, dispensando longas pistas. Com a vantagem de o motor elétrico ser bem mais silencioso que o dos helicópteros, que ganharão forte concorrente Foto: Divulgação / Reprodução
Simulação de voo do modelo de eVTOL da alemã Lilium, que a Azul quer trazer ao Brasil a partir de 2025 para trajetos curtos, como Rio-Búzios ou São Paulo-Guarujá Foto: Reprodução / Divulgação
Azul firmou parceria com a alemã Lilium para trazer ao país 220 carros voadores a partir de 2025. Os modelos elétricos têm autonomia de 200 quilômetros entre uma recarga e outra Foto: Divulgação
A start-up alemã Lilium desenvolve o carro elétrico que a Azul quer trazer para o país: fabricante tem um dos cerca de 140 projetos do gênero em desenvolvimento no mundo Foto: Reprodução / Divulgação
A Azul avalia que esse tipo de aeronave elétrica terá um custo baixo para os passageiros, ampliando o acesso a voos curtos a quem hoje não pode pagar por uma viagem de helicóptero Foto: Divulgação
O interior do Lilium parece confortável e parece uma mistura de avião com automóvel: cabem seis passageiros e um piloto. E há ainda um compartimento para bagagens a bordo Foto: Reprodução / Divulgação
Azul aposta nesse tipo de veículo voador para abrir um novo nicho de mercado. O desafio será certificar o novo modal e garantir a segurança dos passageiros. Foto: Divulgação
Simulação de embarque no Lilium, veículo voador elétrico que tem capacidade para seis passageiros e um piloto. Decolagem é vertical, como os helicópteros. Azul quer operá-los no Brasil a partir de 2025 para voos curtos, como entre São Paulo e Guarujá ou Rio e Paraty. Foto: Reprodução/Divulgação
Carro voador da Lilium tem autonomia de 200 quilômetros, a maior entre os concorrentes. Será ideal para substituir viagens de carro de curta distância. Um carioca poderá chegar a Búzios em minutos, por exemplo, para um fim de semana no balneário. Nada mal sobrevoar os engarrafamentos enquanto os motoristas padecem lá embaixo. Foto: Divulgação / Reprodução
Ainda em fase de testes, o eVTOL da Lilium tem um desafio para a frente: a certificação para poder voar comercialmente. Por isso a aliança com uma companhia aérea como a Azul faz sentido agora: a experiência de quem já sabe certificar aviões pode ajudar a enfrentar uma regulação num modal de transporte totalmente novo Foto: Divulgação/Reprodução

Embraer

Modelo de aeronave elétrica de decolagem e pousos verticais (eVTOL), também conhecida no mercado como EVA (Electric Vertical Aircraft ou Aeronave Elétrica Vertical). Foto: Divulgação/Embraer

Em outubro do ano passado, a Embraer anunciou o lançamento da Eve, uma subsidiária voltada para a inovação e o desenvolvimento de um carro voador. 

A fabricante brasileira de aviões trabalha no desenvolvimento de dois veículos.

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Já está em fase de testes no solo um protótipo menor que o eVTOL. O outro projeto tem o tamanho real do veículo elétrico que as outras empresas estão desenvolvendo.

A Eve já firmou parceria com aéreas estrangeiras para o projeto e vai iniciar testes da operação logística no Rio ainda este ano usando helicópteros. Uma das parceiras já anunciadas é a Kenya Airways.

Nas alturas: empresas investem no segmento de carros voadores