RIO - A Embraer, através de sua subsidiária Eve Urban Air Mobility, anunciou nesta quinta-feira que assinou com a Bristow Group, uma das líderes mundiais em soluções de voo vertical, encomenda de até 100
aeronaves elétricas
de pouso e decolagem vertical (eVTOL) com entregas previstas para começar em 2026.
A produção vai ocorrer no Brasil, de acordo com a companhia. Recentemente, a
Gol anunciou
que também pretende atuar no setor. A empresa anunciou que pretende comprar ou arrendar 250 aeronaves do tipo eVTOL e iniciar operações em 2025 no Brasil.
No acordo entre Embraer e Bristow, não foi informado em quais países essas
aeronaves
poderão ser operadas. Na B3, as ações da Embraer operam em forte alta durante o dia e fecharam com avanço de 12,16%.
O eVTOL demandará uma infraestrutura bem mais simples que a necessária para os aviões nos aeroportos. A decolagem é vertical, como helicópteros e drones, dispensando longas pistas. Com a vantagem de o motor elétrico ser bem mais silencioso que o dos helicópteros, que ganharão forte concorrente Foto: Divulgação / Reprodução
Simulação de voo do modelo de eVTOL da alemã Lilium, que a Azul quer trazer ao Brasil a partir de 2025 para trajetos curtos, como Rio-Búzios ou São Paulo-Guarujá Foto: Reprodução / Divulgação
Azul firmou parceria com a alemã Lilium para trazer ao país 220 carros voadores a partir de 2025. Os modelos elétricos têm autonomia de 200 quilômetros entre uma recarga e outra Foto: Divulgação
A start-up alemã Lilium desenvolve o carro elétrico que a Azul quer trazer para o país: fabricante tem um dos cerca de 140 projetos do gênero em desenvolvimento no mundo Foto: Reprodução / Divulgação
A Azul avalia que esse tipo de aeronave elétrica terá um custo baixo para os passageiros, ampliando o acesso a voos curtos a quem hoje não pode pagar por uma viagem de helicóptero Foto: Divulgação
O interior do Lilium parece confortável e parece uma mistura de avião com automóvel: cabem seis passageiros e um piloto. E há ainda um compartimento para bagagens a bordo Foto: Reprodução / Divulgação
Azul aposta nesse tipo de veículo voador para abrir um novo nicho de mercado. O desafio será certificar o novo modal e garantir a segurança dos passageiros. Foto: Divulgação
Simulação de embarque no Lilium, veículo voador elétrico que tem capacidade para seis passageiros e um piloto. Decolagem é vertical, como os helicópteros. Azul quer operá-los no Brasil a partir de 2025 para voos curtos, como entre São Paulo e Guarujá ou Rio e Paraty. Foto: Reprodução/Divulgação
Carro voador da Lilium tem autonomia de 200 quilômetros, a maior entre os concorrentes. Será ideal para substituir viagens de carro de curta distância. Um carioca poderá chegar a Búzios em minutos, por exemplo, para um fim de semana no balneário. Nada mal sobrevoar os engarrafamentos enquanto os motoristas padecem lá embaixo. Foto: Divulgação / Reprodução
Ainda em fase de testes, o eVTOL da Lilium tem um desafio para a frente: a certificação para poder voar comercialmente. Por isso a aliança com uma companhia aérea como a Azul faz sentido agora: a experiência de quem já sabe certificar aviões pode ajudar a enfrentar uma regulação num modal de transporte totalmente novo Foto: Divulgação/Reprodução
As duas companhias anunciaram ainda memorando de entendimento (MOU, na sigla em inglês) para desenvolverem um certificado de operador aéreo (AOC, na sigla em inglês) para as eVTOLs.
O objetivo do acordo é criar um modelo de operação de mobilidade aérea em áreas urbanas (UAM).
Para isso, vai ser utilizada a experiência da Bristow no transporte de passageiros e cargas em todo o mundo.
Esse modelo de operação vai contar ainda com estudos em relação ao design de veículos e dos vertiportos, além do desenvolvimento regulatório para o ambiente operacional e operação autônoma, informou a Embraer.
O presidente e diretor executivo da Bristow, Chris Bradshaw, disse que o memorando de entendimento estratégico prevê o desenvolvimento contínuo de um modelo abrangente de operação de mobilidade aérea urbana entre Bristow e Eve para veículo que "pode, potencialmente, remodelar o mercado para todos os voos verticais elétricos com emissões de zero carbono e custos operacionais mais baixos":
— Isso vai permite expandir nossa experiência para fornecer uma opção sustentável e eficiente em novos mercados finais potenciais. Podemos alavancar nossa experiência operacional, por meio da cooperação com a Eve, a fim de projetar e construir a próxima geração de aeronaves — disse Bradshaw.
Embraer negocia uma fusão de US$ 2 bilhões de sua subsidiária Eve, que desenvolve projetos de mobilidade aérea urbana (conhecida como carros voadores), com a Zanite Acquisition, uma companhia de capital aberto dos Estados Unidos.
Autopiloto
Foto: Reprodução
O Projeto Vahana, da Airbus, busca criar uma aeronave VTOL elétrica totalmente autopiloto. No início de 2018, o protótipo Vahana teve seu primeiro teste de voo em escala real bem-sucedido.
Design ambicioso
Foto: Reprodução
O design do Volocopter 2X é ambicioso. Desenvolvido na Alemanha, possui 18 rotores movidos a bateria controlados por meio de um único joystick.
Recursos automáticos
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Produzido pela empresa canadense Opener, o BlackFly combina a pilotagem pessoal com uma riqueza de recursos automáticos, incluindo aterrissagem e funções de retorno automatizado para casa.
Motores elétricos
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A aeronave produzida pela Joby Aviation alcança uma velocidade máxima de 320 km/ h. Seis motores elétricos acionam a máquina voadora, que pode acomodar até cinco pessoas.
A AeroMobil, com sede na Eslováquia, está em seu quarto protótipo para lançar um carro voador. A empresa está canalizando tempo e dinheiro para o desenvolvimento de um trem de força elétrico.
Em nota, Andre Stein, presidente da Eve, ressaltou que a parceria com a Bristow, vai permitir desenvolver estruturas e operações robustas necessárias para criar uma indústria "acessível, escalonável, sustentável e segura”.
A Eve foi lançada em outubro do ano passado. Segundo a empresa, fabricante brasileira de aviões trabalha no desenvolvimento de dois veículos. Já está em fase de testes no solo um protótipo menor que o eVTOL. O outro projeto tem o tamanho real do veículo elétrico que as outras empresas estão desenvolvendo.
A Eve já firmou parceria com aéreas estrangeiras para o projeto e vai iniciar testes da operação logística no Rio ainda este ano usando helicópteros. Uma das parceiras já anunciadas é a Kenya Airways.