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Por Bloomberg — NOVA YORK

O bilionário Elon Musk, dono da Tesla e da Space X, não perdeu tempo. No dia seguinte à compra do Twitter por US$ 44 bilhões, ele se nomeou CEO da empresa, assumindo efetivamente o comando da gigante de mídia social. Além disso, segundo fontes, Musk pretende rever a política de "banimento eterno" aplicada pelo Twitter a quem comete graves infrações à política das redes sociais, como a publicação de ameaças, insultos ou mentiras.

O ex-presidente americano Donald Trump foi um dos expulsos do Twitter após a tentativa de invasão do Capitólio. Mas não está claro se, neste caso, ele poderia voltar à plataforma.

Logo após a compra da rede social, Musk demitiu seu CEO, Parag Agrawal, e vários outros executivos. Espera-se que, mais à frente, ele deixe o dia a dia da empresa e seja substituído na presidência por outra pessoa, disse uma fonte. Representantes do Twitter se recusaram a comentar a troca de comando.

Com a aquisição, Musk assume o controle de uma rede social em dificuldades, após seis meses de disputas públicas e legais. Além de Paraq Agrawal, as demissões incluem Vijaya Gadde, chefe do departamento jurídico, política e confiança do Twitter; o diretor financeiro Ned Segal, que ingressou no na empresa em 2017; e Sean Edgett, que é conselheiro geral da plataforma desde 2012. Edgett foi escoltado para fora do prédio.

Gadde foi quem tomou a decisão de banir o ex-presidente americano Donald Trump definitivamente da plataforma, citando o “risco de mais incitação à violência”. Com a expectativa de que o ex-presidente volte a se candidatar à Casa Branca em 2024, um retorno ao Twitter pode lhe dar a oportunidade de turbinar suas ideias.

A chegada de Musk trará uma interrupção imediata nas operações do Twitter, em parte porque muitas de suas ideias sobre como mudar a empresa estão em desacordo com a forma como ela é administrada há anos. Ele disse que quer garantir “liberdade de expressão” na rede social.

A conclusão da compra encerra uma saga que começou em janeiro com a compra silenciosa pelo bilionário de uma grande participação na empresa, sua crescente exasperação com a forma como o Twitter é administrado e um acordo de aquisição que ele passou meses tentando desfazer.

Imprimindo sua marca na empresa

Nesta semana, Musk havia assegurado a banqueiros de que conseguiria fechar a compra a tempo. Os bancos, que entram com US$ 13 bilhões para financiar a dívida, estão no processo de transferir os recursos.

Entre os novos investidores do Twitter está a chinesa Binance, a maior corretora de criptomoedas do mundo. Em maio, a chinesa informou que investiria cerca de US$ 500 milhões na rede social.

À medida que se aproximava o prazo de 28 de outubro para a conclusão da compra, Musk começou a imprimir sua marca na empresa, postando um vídeo de si mesmo entrando na sede do Twitter carregando uma pia de louça e mudou a descrição de sua conta na rede social para "Chief Twit" - o chefe do Twitter.

Musk visita sede do Twitter carregando uma pia de cozinha

Musk visita sede do Twitter carregando uma pia de cozinha

Fechamento de capital

Também organizou reuniões entre os engenheiros da Tesla e a liderança de produtos no Twitter para rever os códigos usados pela plataforma. Os funcionários do Twitter não puderam mais fazer alterações no código a partir do meio-dia de quinta-feira, como parte de um esforço para garantir que nada no produto mudasse antes do fechamento do negócio.

Nesta sexta, Musk encaminhou à SEC (órgão regulador do mercado de capitais) um pedido de deslistagem do Twitter, o que deve ocorrer em 8 de novembro. Hoje, as ações foram suspensas, devido ao fechamento do negócio.

Fora da Bolsa, o Twitter não precisará divulgar resultados trimestrais e estará menos sujeito à supervisão dos órgãos de controle.

Medo de mais demissões

Os funcionários do Twitter estão se preparando para demissões desde que a transação foi anunciada em abril. Alguns investidores foram informados de que Musk planejava cortar 75% da força de trabalho da rede social, que hoje soma cerca de 7.500 funcionários, e esperava dobrar a receita em três anos, disse uma fonte no início deste mês.

No entanto, ao visitar a sede do Twitter na quarta-feira, Musk disse aos funcionários que não pretende cortar 75% da equipe.

Os últimos seis meses foram desafiadores para os funcionários do Twitter, que acompanharam os altos e baixos da negociação através das manchetes.

Muitos ficaram descontentes com o envolvimento de Musk e alguns questionaram suas qualificações para administrar uma empresa de rede social. Seu apoio a um candidato político de extrema direita no Texas, além de acusações de assédio sexual de uma ex-comissária da SpaceX em maio, levantaram preocupações adicionais.

Durante um vídeo de perguntas e respostas com Musk em junho, alguns funcionários zombaram de Musk em canais internos do Slack. Outros o ridicularizaram ou o repreenderam publicamente no Twitter durante todo o processo de acordo.

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