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Por Bloomberg — São Paulo

Os bancos credores da Americanas pretendem perdoar a empresa por desrespeitar cláusulas restritivas de endividamento, o que provavelmente acontecerá devido às “inconsistências” contábeis que podem dobrar seu passivo, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.

Executivos de alguns dos maiores bancos do Brasil, que são credores da Americanas, não planejam acelerar o vencimento da dívida como poderiam quando um covenant é desrespeitado, desde que a empresa receba um aumento de capital imediato, disseram as fontes, que não quiseram ser identificadas discutindo decisões que não são públicas e ainda não são finais.

A empresa possui títulos de dívida externa e ainda é incerto o que os detentores desses papéis, que possuem cláusulas restritivas, vão fazer.

Os banqueiros esperam uma injeção de capital de até R$ 10 bilhões e vendas de ativos que podem colocar a empresa de volta nos trilhos.

A Americanas, que tem o bilionário Jorge Paulo Lemann como sócio, não quis comentar.

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A Americanas entrou em crise esta semana depois que seu novo presidente, Sergio Rial, renunciou após menos de duas semanas no cargo ao descobrir “inconsistências” contábeis ligadas a dívidas com fornecedores estimadas em R$ 20 bilhões. As ações caíram 77%, enquanto os títulos em dólar despencaram para 30 centavos de dólar, elevando os rendimentos para 25%.

O erro, que será analisado por órgão independente, pode mais que dobrar a dívida da empresa, que era de R$ 19,3 bilhões em 30 de setembro de 2022, segundo suas demonstrações financeiras. Os banqueiros disseram que não está claro qual será o impacto exato na empresa ou em seus próprios balanços.

É improvável que as inconsistências contábeis prejudiquem a liquidez da Americanas, mas isso dependerá “de como meus colegas dos bancos responderão”, disse Rial, que anteriormente era presidente da unidade local do Banco Santander, em teleconferência com analistas na quinta-feira.

Um dos maiores riscos agora é se as linhas de crédito forem interrompidas, disse Rial. Os banqueiros que discutiram o assunto disseram que não planejam cortar crédito imediatamente, mas provavelmente irão reduzi-lo gradativamente. Tudo vai depender da resposta dos principais acionistas à crise, disseram.

Lemann e seus parceiros de negócios de longa data da 3G, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, investiram na varejista brasileira pela primeira vez em 1982. Eles atualmente possuem uma participação de cerca de 31% e disseram ao conselho que planejam continuar apoiando a empresa, de acordo com um comunicado.

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