A operadora Oi está em negociações finais para levantar cerca de US$ 300 milhões em um financiamento DIP ( debtor-in-possession) com credores, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.
Trata-se de um empréstimo feito em um ambiente de recuperação judicial. É uma modalidade nova no Brasil e foi desenhada desde a mudança da lei de recuperação judicial em 2020, tendo como modelo os Estados Unidos, onde esse tipo dde financiamento é bastante comum.
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No financiamento DIP, a contrapartida é que os credores passam na frente da fila dos demais para receber o valor devido.
A empresa também está discutindo com os credores para receber outros cerca de R$ 4 bilhões depois que um novo plano de reestruturação da dívida for aprovado, disseram as pessoas, pedindo para não serem identificadas ao discutir informações que não são públicas.
Os financiamentos ainda não estão concluídos e os valores podem mudar ligeiramente, disseram as pessoas, sem citar o nome dos credores envolvidos.
A Oi não comentou.
A Oi entrou com pedido de recuperação judicial em um tribunal do Rio de Janeiro nesta quinta-feira, cerca de dois meses depois de sair de um processo anterior que foi um dos maiores do país. A empresa não forneceu o valor total mais recente da dívida, mas listou cerca de R$ 29,8 bilhões em passivos em fevereiro.
A empresa sediada no Rio de Janeiro já havia obtido proteção emergencial dos credores para evitar inadimplência cruzada e antecipação de vencimento de suas obrigações. Isso permitiu à Oi pular um pagamento de cupom de US$ 82 milhões de título de 2025.
A empresa tomou medidas semelhantes nos Estados Unidos, onde entrou com pedido de proteção no chamado Chapter 15.
O Pacific Investment Management Company, o Ashmore Group e Solus Alternative Asset Management estavam entre os maiores detentores de títulos da empresa, informou a Bloomberg no início do mês passado.