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Por Bruno Rosa — Rio

Após apresentar à Justiça seu segundo pedido de recuperação judicial, a Oi conseguiu negociar um acordo com representantes dos dois maiores grupos de credores financeiros, compostos por agências de crédito à exportação e donos de títulos do exterior (bondholders). Os bancos, que vêm travando uma disputa na Justiça conta a tele carioca, não assinaram o acordo.

O plano pré-acertado pela Oi prevê duas opções: os credores que optarem colocar R$ 4 bilhões (ou US$ 750 milhões, a depender do câmbio) no caixa da tele carioca terá um corte de cerca de 50% no valor da dívida; e os que não quiserem aportar recursos terão uma redução de cerca de 70%. Em ambos os casos, a dívida remanescente será convertida em ações.

Rodrigo Abreu, presidente da Oi, disse ao GLOBO que a expectativa é que, sendo aprovado o segundo pedido de recuperação judicial, a dívida financeira, de cerca de R$ 33 bilhões, poderá ser cortada pela metade.

- A dívida financeira continua a mesma e é a que a gente espera cortar em cerca de metade, mas vai depender das condições de adesão e do termo final que será desenvolvido. O objetivo com a negociação é permitir que a gente tenha um acordo pré-aprovado que não precise de votação em assembleia. Continuamos conversando com os bancos - afirmou ele.

Segundo ele, o conceito do plano é que os credores que têm dívida financeira e que aceitem aportar dinheiro novo, terão um corte menor. Para atrair os investidores, a Oi deu como garantia ações da V.Tal, rede de fibra óptica.

- A proposta prevê R$ 4 bilhões para poder sustentar toda essa fase de transição enquanto ainda temos gastos com a concessão (de telefonia).

Até a aprovação do acordo na justiça, a Oi pretende fazer um empréstimo de curto prazo com os credores de US$ 275 milhões, valor que será substituído pelo financiamento de longo prazo (R$ 4 bilhões ou US$ 750 milhões), explicou Rodrigo.

Além dos R$ 33 bilhões em dívida financeira, há um pedaço referente à dívida residual do primeiro plano (o valor original de R$ 6 bilhões será pago em 15 anos a 15% de seu valor de face). Além disso, há outros R$ 4 bilhões referentes a obrigações com contrato de serviço com receita take or pay.

-São obrigações futuras associadas a pagamentos mandatórios. Na nossa reestruturação temos pagamentos futuros que a gente sabe que não serão necessários. E caso não nada fosse feito iria se converter em ônus. Estamos buscando uma renegociação e com isso abater até 50% dessas obrigações. E já conseguimos a primeira renegociação com a Gobonet e V.Tal.

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