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Por Ivan Martínez-Vargas — São Paulo

O governo de São Paulo apresentou o edital de licitação do Trem Intercidades (TIC), que vai ligar a capital paulista a Campinas. A linha expressa será a primeira de média velocidade no país e vai passar em uma terceira cidade, Jundiaí. O leilão está marcado para 20 de novembro deste ano.

A previsão é que, em 2031, composições com capacidade para cerca de 800 passageiros em assentos marcados façam o percurso de 96 quilômetros em pouco mais de 60 minutos, a uma velocidade de até 150 quilômetros por hora.

Quanto vai custar a passagem?

De acordo com os estudos do governo paulista, a viagem completa custará no máximo R$ 64 por passageiro, mas há a possibilidade de que haja descontos a passageiros frequentes e outras promoções que tornem o modal mais atraente. Uma passagem rodoviária entre São Paulo e Campinas hoje custa R$ 41.

Quais as cidades por onde o trem vai passar?

O projeto do Trem Intercidades vai passar por várias cidades, mas terá apenas uma parada entre a origem e o destino, a cidade de Jundiaí. Serão, portanto, três cidades para embarque e desembarque: Campinas, Jundiaí e São Paulo.

Projeto dos trens Intercidades (TIC) e Intermetropolitano (TIM) — Foto: Editoria de Arte
Projeto dos trens Intercidades (TIC) e Intermetropolitano (TIM) — Foto: Editoria de Arte

Haverá outro trem compartilhando a mesma linha?

Além do Trem Intercidades (TIC), que vai ligar São Paulo a Campinas, o projeto prevê um outro trem, com trajeto menor e mais lento. Chamado de trem parador, o Trem Intermetropolitano (TIM) vai compartilhar trilhos com o TIC entre Jundiaí e Campinas.

A diferença é que o TIM vai fazer um trajeto de 44,4 quilômetros em cinco estações: Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos e Campinas.

O TIM será mais lento, mas também mais barato. A previsão do governo paulista é que a passagem custe R$ 14,05 por trecho entre Jundiaí e Campinas. O passageiro que viajar de Barra Funda a Campinas nos trens com mais paradas vai pagar R$ 18,45.

Campinas, uma das maiores cidades do interior de São Paulo, terá ligação ferroviária com a capital para passageiros — Foto: Luciano Claudino/Código 19/Agência O Globo
Campinas, uma das maiores cidades do interior de São Paulo, terá ligação ferroviária com a capital para passageiros — Foto: Luciano Claudino/Código 19/Agência O Globo

O projeto inclui revitalização de linhas do metrô?

O projeto prevê a revitalização da atual Linha 7-Rubi da CPTM, que hoje faz o percurso entre a estação Brás, no centro de São Paulo, e Jundiaí. Haverá a construção de novas linhas em parte dos trechos. Hoje, a linha 7 divide o mesmo trajeto com trens de carga operados pela MRS Logística, que terá de construir uma nova linha paralela para seus vagões entre Barra Funda e Jundiaí.

Atualmente, a Linha 7-Rubi vai de Jundiaí a Brás, onde faz conexão com as linhas 3-Vermelha do Metrô e Linha 10-Turquesa, 11-Coral e 12-Safira da CPTM. Entre Brás e Barra Funda, faz uma parada na Luz, onde há conexão com as linhas 1-Azul e 4-Amarela do Metrô e 11-Coral da CPTM. O novo projeto prevê desativar as paradas em Luz e Brás, encurtando essa linha até a Barra Funda.

Quanto vai custar a obra?

Para viabilizar o projeto, o governo prevê um aporte para remunerar o investimento de aproximadamente R$ 6 bilhões durante os sete anos em que a concessionária fará as obras. Com isso, o governo estadual vai financiar cerca de 50% dos investimentos do projeto.

O aporte será pago durante o ciclo de investimentos, de sete anos, até 2030. Pago de acordo com o andamento da obra e esses R$ 6 bilhões são aproximadamente 50% do investimento total do projeto, de R$ 12,47 bilhões.

Estação da Luz, em São Paulo — Foto: Edilson Dantas
Estação da Luz, em São Paulo — Foto: Edilson Dantas

Além disso, o edital prevê pagamentos de contraprestações anuais de cerca de R$ 500 milhões quando a obra for entregue, em 2031, até o fim do contrato. A contraprestação total prevista é de R$ 13,74 bilhões, mas vencerá o leilão o grupo que der o maior desconto de contraprestação.

O que pode atrapalhar o projeto?

Os três serviços vão compartilhar os mesmos trilhos. Hoje, a Linha 7 divide a estrutura com trens de carga da MRS Logística, mas isso terá que mudar. Para que o TIC seja possível, a MRS precisará construir outra linha só para cargas entre São Paulo e Jundiaí.

A obrigação está prevista na renovação antecipada da concessão da MRS, assinada em julho do ano passado pelo governo federal. Esse é um dos fatores que podem atrasar o TIC. A MRS tem até julho de 2029 para concretizar a segregação da linha, mas o cumprimento desse cronograma será fiscalizado pelo governo federal, não pelo paulista.

A construção da nova via de cargas, paralela à Linha 7, de mão única e com pontos de ultrapassagem, é o maior desafio do projeto porque a concessionária só terá acesso ao canteiro de obras duas horas por dia, explica o secretário de Parcerias em Investimentos de São Paulo, Rafael Benini

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