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Por Bloomberg — Paris

A LVMH, pertencente ao bilionário francês Bernard Arnault e maior empresa da Europa em valor de mercado, chegou agora ao top 10 do mundo. As vendas no primeiro trimestre de US$ 23,12 bilhões (equivalente a R$ 113 bilhões) provocaram um aumento de 5% no preço das ações do grupo nesta quinta-feira, fazendo com que os papéis do grupo de luxo do homem mais rico do mundo dessem um salto de 29% no ano.

Isso, junto com um ganho do euro em relação ao dólar, elevou o valor de mercado da LVMH, dona de marcas como Louis Vuitton, Dior, Tag Heuer, Sephora e Tiffany's, para US$ 486 bilhões, classificando-a brevemente como a décima maior empresa do mundo. Se chegar a US$ 500 bilhões, se tornará a primeira empresa europeia a atingir esta marca.

- Isso ilustra a ascensão de pessoas ricas em todo o mundo, de uma sociedade polarizada. O setor de luxo está, portanto, experimentando um forte crescimento - disse Gilles Guibout, chefe de estratégias de ações europeias da AXA Investment Managers.

Para uma multidão cada vez maior de investidores, a LVMH e suas rivais de luxo francesas são para o mercado de ações europeu o que as big techs têm representado para os Estados Unidos: empresas dominantes cujo crescimento se mantém mesmo quando a economia oscila para cima e para baixo.

As ações da LVMH e da Hermes International subiram em média mais de 20% ao ano na última década e a Kering registrou ganho de 16%. O índice Stoxx Europe 600 está muito atrás, com uma alta de 8,3% ao ano.

- Sempre investimos em tecnologia e luxo, mas a vantagem do luxo sobre a tecnologia é que, embora haja riscos, a disrupção e a obsolescência são menores - acrescentou Guibout.

As vendas robustas de bolsas Louis Vuitton e champanhe Moet Chandon, que elevaram o preço das ações da LVMH, também reforçaram a riqueza de seu fundador, Bernard Arnault, a pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna de US$ 198 bilhões, segundo o Bloomberg Billionaires Index.

O catalisador para os ganhos de luxo deste ano, como em muitos anos anteriores, é a China. Se livrando dos bloqueios mais rígidos do mundo devido à pandemia de Covid, os compradores chineses estão esbanjando seu dinheiro em bolsas e joias de luxo.

As vendas crescentes da LVMH mostram que a demanda por produtos de alto luxo permanece inabalável, mesmo com a iminência de uma desaceleração econômica global.

A recuperação das ações de luxo consolidou a posição de Paris como o maior mercado de ações da Europa, superando Londres. O índice de referência CAC 40 está em uma onda recorde, com ganhos de mais de 15% este ano, superando outros grandes mercados.

Os ganhos recentes elevaram a avaliação da LVMH para 26 vezes os ganhos futuros, o dobro do CAC 40. Nesta quinta-feira, as ações da LVMH fecharam em alta de 5,7%, a € 883,9.

Isso, no entanto, não preocupa Nicolas Domont, gestor de fundos da Optigestion em Paris.

- Tornou-se uma ação essencial. Se continuar tendo essa rentabilidade, não tenho problema em pagar o prêmio - disse Domont.

Os céticos dizem que a durabilidade das vendas de luxo ainda não foi testada nos últimos anos por uma longa recessão econômica. Em uma recessão, todos, exceto os consumidores mais ricos, provavelmente reduzirão seus gastos, dizem eles.

"Estive completamente errado ao aconselhar os clientes a ficarem longe do luxo, mas estou convencido (e teimoso) de que algo tem que ceder e que o risco-recompensa ainda é desfavorável", escreveu Laurent Lamagnere, corretor da Alphavalue em Paris, em uma nota aos clientes nesta quinta-feira. “Ainda não compro a ideia de que o luxo é imune ao consumo.”

Top 10: as maiores empresas em valor de mercado do mundo

  • Apple - US$ 2,533 trilhões
  • Microsoft - US$ 2,110 trilhões
  • Saudi Arabian Oil - US$ 1,918 trilhão
  • Alphabet - US$ 1,344 trilhão
  • Amazon - US$ 1,002 rrilhão
  • Berkshire Hathaway - US$ 694 bilhões
  • Nvidia - US$ 654 bilhões
  • Tesla - US$ 571 bilhões
  • Meta - US$ 555 bilhões
  • LVMH - US$ 486 bilhões

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