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Por Glauce Cavalcanti — Rio

O empresário Nelson Tanure, que em um par de meses se tornou o maior acionista individual da Light, com 21,8% do capital, enviou à companhia proposta para eleger um novo Conselho de Administração. A nova composição — apoiada pelos dois outros acionistas de referência, Ronaldo Cezar Coelho e Carlos Alberto Sicupira — levaria para a presidência do board Helio Costa, ex-ministro das Comunicações no primeiro governo Lula, e nome próximo ao empresário.

Tanure propõe ainda que o Conselho de Administração amplie o número de membros dos atuais sete para nove, incluindo um assento para o próprio empresário. Entrariam ainda Pedro de Moraes Borba e Wendell Alexandre Paes de Andrade de Oliveira.

Da atual composição, permaneceriam Abel Rochinha, hoje presidente do Conselho; Firmino Fereira Sampaio Neto; Helio Paulo Ferraz; Yuiti Matsuo Lopes e Raphael Manhães Martins. Enquanto Ricardo Reisen de Pinho e Thiago Osorio deixariam o conselho.

Tanure acelerou a compra de ações da Light marcadamente desde o início de maio, já após o tombo em valor dos papéis, mas ainda antes do pedido de recuperação judicial ter sido apresentado pela companhia.

Segundo fontes próximas à Light, a carta de Tanure traz algumas sinalizações sobre os rumos que a companhia vai tomar no processo de recuperação judicial — a Light tem dívida superior a R$ 11 bilhões — e ao pedido de renovação antecipada do contrato de concessão de sua distribuidora.

A primeira delas é o alinhamento entre os três acionistas de referência. Nos bastidores, credores temiam que eclodisse uma disputa pelo controle da companhia, o que poderia dificultar a reestruturação.

Outra é que a alteração no conselho pode ajudar a azeitar a negociação, segundo uma fonte. Grandes credores não escondem o descontentamento com a composição atual e questionam a falta de propostas para mudar o perfil da dívida da companhia, que estaria com as portas fechadas ao diálogo.

A questão é como essa mudança vai afetar o plano de recuperação judicial, que tem de ser apresentado até o fim da primeira quinzena de julho. Segundo uma fonte, a nova administração vai elaborar o plano, que pode ser apresentado sem o aval de grandes credores, mas pode sofrer alterações posteriores.

Tanure vinha defendendo um aporte de capital como ponto de partida para reestruturar a companhia. Há outros investidores interessados em fazer isso. Na avaliação de uma fonte a par das discussões, Tanure é considerado um negociador “truculento” e agora vai defender estratégia para que a companhia conclua o processo de recuperação o menos endividada possível. Do lado dos credores, ainda não é uma visão clara de qual caminho a empresa vai seguir.

No mercado, a leitura é que, com um novo Conselho de Administração, a Light poderia substituir a La Place ou juntar um outro assessor financeiro, pois os credores avaliam que a empresa não tem agido com a velocidade esperada na reestruturação financeira.

No comando da distribuidora, o conselho atual elegeu Rodrigo Pereira Brandão para os cargos de diretor da Light Sesa, distribuidora da companhia, diretor da Light e membro do Conselho de Administração da Light Energia, a partir de 20 de julho de 2023. Ele vai substituir Thiago Guth, que renunciou por motivos pessoais no último fim de semana. Até a troca no comando, a presidência da distribuidora será ocupada interinamente por Carlos Vinicius de Sá Roriz.

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