Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, refutou as alegações de que a nova política de preços, lançada em meados de maio, tenha afetado o lucro da companhia no segundo trimestre deste ano, quando registrou queda de 47% no lucro líquido.
- Eu vi várias pessoas tentando relacionar o resultado à política de preços. Isso é desconexo. Tivemos queda do preço do Brent e das margens internacionais (do diesel). E isso atingiu todas as empresas. Em termos de fluxo de caixa operacional, as outras petroleiras tiveram queda média de US$ 5,6 bilhões. Nós caímos US$ 4,9 bilhões. Desempenhamos melhor que a média - disse ele
Prates disse que a companhia não está sendo leniente com a nova política de preços:
- Não estamos sendo lenientes com a política de preços. É a Petrobras quem decide isso. Analisamos todas as variáveis e cada produto tem um mercado diferente. E usamos a flexibilidade logística ao máximo. Abrasileirar os preços que o presidente Lula fala é isso. É aproveitar as vantagens competitivas da Petrobras a favor do Brasil. Estamos fazendo isso e não estamos perdendo dinheiro com essa política. O intervalo que estamos operando é seguro para cada um dos produtos - disse Prates.
Analistas afirmam que a nova política de preços deve afetar os resultados no terceiro trimestre, caso a a estatal não faça nenhum tipo de reajuste. Segundo a Abicom, que reúne os importadores, os preços da gasolina e diesel vendidos pela companhia, estão defasados desde meados de maio.