O preço do diesel subiu pela segunda semana seguida nos postos de combustíveis. O valor médio do litro passou de R$ 4,94 para R$ 5,00, segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP). É uma alta de 1,21% e maior patamar desde o fim de junho.
O preço da gasolina registrou alta pela primeira semana após quatro quedas seguidas nos postos de combustíveis do Brasil, de acordo com levantamento da ANP: o valor médio subiu de R$ 5,52 para R$ 5,53 nesta semana.
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A variação ocorre em um momento em que postos iniciaram uma corrida por diesel e gasolina em todo o país na expectativa de que a Petrobras reajuste os preços. Como resultado, distribuidoras e a própria Petrobras estão restringindo a oferta com base na cota mensal de consumo das empresas, de acordo com diversas fontes do setor. A situação é mais crítica no diesel, dizem fontes da área de abastecimento.
Segundo representantes de postos e distribuidoras, a maior restrição é encontrada no diesel e ocorre em todo o país. O cenário levou o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro) a alertar para o risco de uma possível falta do combustível, sobretudo no interior do estado.
Nesta sexta-feira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, descartou que faltará combustível no Brasil. A declaração foi dada a jornalistas após a coletiva de imprensa de ministros no Rio, por conta do anúncio no novo PAC.
— Tenho absoluta convicção que não. Nós lutamos tanto para abrasileirar o preço dos combustíveis. Vocês aqui sabem o quanto que foi benéfico. A responsabilidade do Ministério de Minas e Energia e do governo é manter suprimento, qualidade do combustível e modicidade de preço de combustível no país. E nós fazemos isso através de impulsionar a competitividade interna — afirmou.
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![Usina hidrelétrica de Belo Monte — Foto: Divulgação](https://s2-oglobo.glbimg.com/H1zokEnzFejsNjMDCzsUnFdDQVQ=/0x0:4946x3296/648x248/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/f/z/TVN6EYS8A4AGCxgLBkfA/59016581-usina-hidreletrica-de-belo-monte.jpg)
![Usina hidrelétrica de Belo Monte — Foto: Divulgação](https://s2-oglobo.glbimg.com/NAamzFJp4R7rfXvE1-h-pMyMvyQ=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/f/z/TVN6EYS8A4AGCxgLBkfA/59016581-usina-hidreletrica-de-belo-monte.jpg)
Usina hidrelétrica de Belo Monte — Foto: Divulgação
![Transposição do São Francisco, principal rio do Nordeste. Projeto é idealizado desde a época do Império para levar água para as áreas mais áridas da região — Foto: Daniel Marenco](https://s2-oglobo.glbimg.com/n5xksdltmvHvr8UgR_DnY_L4cjw=/0x0:5658x3772/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/i/S/5RrV0wSPGfG9iLEBaNIQ/75588451-pa-sobradinho-ba-25-02-2018-vista-do-lago-e-da-barragem-de-sobradinho-no-entorno-algumas.jpg)
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Transposição do São Francisco, principal rio do Nordeste. Projeto é idealizado desde a época do Império para levar água para as áreas mais áridas da região — Foto: Daniel Marenco
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![Ferrovia Norte-Sul: ligação por trilhos entre os portos de Santos (SP) e Itaqui (MA), considerado um importante corredor logístico para o escoamento de produção nacional de grãos e minério — Foto: Ailton de Freitas/ Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/00KmL4ia7oBNpU-Q7JVJoeSfMrw=/0x0:4896x3102/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/U/f/L9nTexRBKuoadUyt0BZA/59398085-bsb-brasilia-brasil-15-05-2014-pa-norte-sul-obra-inacabada-que-sera-inaugurada.jpg)
![Ferrovia Norte-Sul: ligação por trilhos entre os portos de Santos (SP) e Itaqui (MA), considerado um importante corredor logístico para o escoamento de produção nacional de grãos e minério — Foto: Ailton de Freitas/ Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/sC4Swcbrzd9Z8x1J2zBYnEUJkAo=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/U/f/L9nTexRBKuoadUyt0BZA/59398085-bsb-brasilia-brasil-15-05-2014-pa-norte-sul-obra-inacabada-que-sera-inaugurada.jpg)
Ferrovia Norte-Sul: ligação por trilhos entre os portos de Santos (SP) e Itaqui (MA), considerado um importante corredor logístico para o escoamento de produção nacional de grãos e minério — Foto: Ailton de Freitas/ Agência O Globo
![Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, no Rio. Plano de investimentos da Petrobras para retomada da construção de refinarias, algo que não era feito desde a década de 1980 — Foto: Custodio Coimbra](https://s2-oglobo.glbimg.com/GPkRDs30P91AaRzjw16ay5UZHIc=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/x/w/NfETj6RtSmZRkfNrP15g/82449897-pa-itaborai-rj-30-04-2019-depois-de-mais-de-uma-decada-em-obra-o-comperj-complexo-petroquim.jpg)
Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, no Rio. Plano de investimentos da Petrobras para retomada da construção de refinarias, algo que não era feito desde a década de 1980 — Foto: Custodio Coimbra
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![Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. Apenas uma das linhas de produção previstas ficou pronta, no fim de 2014 — Foto: Divulgação](https://s2-oglobo.glbimg.com/DmAo1nev6bJpFM02KV7PzfqScpc=/1404x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2023/r/e/rZDB41T4SA0Ax3kRpCVQ/103566742-programa-de-aceleracao-do-crescimento-programa-de-aceleracao-do-crescimentoseguir-refinari-1-.jpg)
Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco. Apenas uma das linhas de produção previstas ficou pronta, no fim de 2014 — Foto: Divulgação
Sergio Araujo, presidente executivo da Abicom, disse na quinta-feira que distribuidoras e postos têm relatado dificuldade no abastecimento em diversos pontos:
— E essa dificuldade estava preanunciada. Temos mais de dois meses com defasagem elevada por longos períodos e refinarias nacionais que não atendem à demanda. Isso potencializa esse cenário. Quem importa, coloca o pé no freio.
Com isso, dizem os especialistas, o preço do diesel russo - que estava mais barato que o combustível vendido pela Petrobras, mesmo defasado - já está no mesmo patamar do comercializado pela estatal e, em alguns casos, chega a estar mais caro.
A nova política de preços da Petrobras deu fim, em 16 de maio, à chamada política de paridade de importação (PPI), quando variações nas cotações do petróleo e do dólar serviam de parâmetro para reajustes para cima ou para baixo nos valores dos combustíveis vendidos pelas refinarias às distribuidoras.
A estatal passou a levar em conta os custos internos de produção, os preços dos concorrentes em diferentes mercados dentro do país e ainda as parcelas de combustíveis produzidas no país ou compradas no exterior.
A ANP disse que monitora constantemente a situação da distribuição de combustíveis no país. "Até o momento, nenhuma distribuidora relatou situação de restrição de abastecimento".