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Por Vinicius Neder — Rio

Com restrições à vista no Aeroporto Santos Dumont, a companhia aérea Azul anunciou a suspensão de voos diretos do Rio para sete cidades. A partir de 1º de outubro, a empresa deixará de oferecer voos para Brasília (DF), Campos de Goytacazes (RJ), Florianópolis (SC), Maceió (AL), Porto Seguro (BA) e Vitória (ES); a partir de 29 de outubro, deixará de voar direto para Goiânia (GO).

As reduções a partir de outubro têm a ver com a limitação da capacidade do terminal central do Rio a um fluxo de 10 milhões de passageiros ao ano, determinada pela Secretária de Aviação Civil (SAC), e não com a restrição à operação de voos para destinos a um raio de 400 quilômetros, acertada depois.

A restrição de destinos, acordada em reunião durante uma visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Rio, deverá começar a valer a partir de janeiro de 2024. O objetivo de incentivar um aumento do fluxo no Aeroporto do Galeão, na Zona Norte da cidade, defendido pela prefeitura e pelo governo do Estado do Rio.

Passageiros lotam o Aeroporto Santos Dumont em dia de neblina no Rio, em meados de agosto: terminal opera no limite de sua capacidade — Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo
Passageiros lotam o Aeroporto Santos Dumont em dia de neblina no Rio, em meados de agosto: terminal opera no limite de sua capacidade — Foto: Fabio Rossi / Agência O Globo

A limitação da capacidade se deve ao fato de que o Santos Dumont opera próximo ao limite. No ano passado, 10,178 milhões de passageiros passaram pelo terminal, considerando as operações regionais. Sem a determinação da SAC, vinculada ao Ministério de Portos e Aeroportos, o terminal poderia fechar 2023 com cerca de 12 milhões de passageiros, conforme técnicos do governo federal.

Para garantir o limite de 10 milhões de passageiros no ano, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) determinou uma redução no número de slots (espaços e horários definidos de pouso e decolagem) a que cada companhia terá direito, no Santos Dumont, na nova temporada de voos.

Mais voos da Gol no Galeão

Na nova distribuição de slots do terminal central do Rio, a Azul ficou com uma participação de 24,96%; Gol, 39,84%, e Latam, 34,95%. Com isso, a partir de outubro, a Gol vai reduzir a oferta de bilhetes no Santos Dumont em 35,76%, a Azul em 22% e a Latam em 26,2%, como mostrou O GLOBO no início do mês.

Na mesma ocasião, a Gol anunciou um aumento de voos e, portanto, da oferta de assentos, no Aeroporto do Galeão. A empresa informou que vai ampliar a oferta de voos para o terminal internacional em 38% em outubro e em 110% a partir de novembro. Com isso, em novembro, a Gol já oferecerá mais assentos em voos operados no Galeão do que nos voos que usam o Santos Dumont.

Desde o anúncio do fim de julho, a Gol não fez mudanças em sua malha, informou a companhia ao GLOBO. Azul e Latam não informaram se pretendem ampliar voos de e para o terminal internacional.

A Latam informou que “está ciente da publicação sobre as mudanças da aviação comercial no Rio de Janeiro e informa que as alterações em sua malha aérea serão comunicadas oportunamente pela companhia aos seus clientes”. No último dia 10, o presidente da companhia, Jerome Cadier, criticou as restrições ao Santos Dumont por destino, em entrevista à Globonews.

Companhia se vê 'obrigada' a suspender voos

Já a Azul informou que “devido às restrições de capacidade operacional impostas no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, se viu obrigada a fazer mudanças na operação de voos diretos na cidade”, numa referência à suspensão das ligações com as sete cidades a partir de outubro.

A Azul disse ainda que “os clientes com passagens adquiridas para as rotas suspensas estão sendo informados e receberão toda a assistência necessária, de acordo com a Resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), sendo reacomodados em outros voos da empresa ou terão o ressarcimento integral do valor pago pelo bilhete”.

“Por fim, a Azul destaca que como empresa competitiva e atenta ao mercado que é, está sempre em busca de oferecer a melhor experiência de viagem aérea no Brasil”, diz uma nota enviada pela companhia ao GLOBO.

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