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Por — São Paulo

Prancha elétrica, carro e bicicleta aquáticos, iate de luxo de R$ 22 milhões e com acabamento de pedras nobres. Essas novidades estão no São Paulo Boat Show, maior evento náutico da América Latina, que acontece no São Paulo Expo, na capital paulista, até terça-feira.

O número de embarcações expostas é recorde: 150 modelos brasileiros e estrangeiros, sendo 50 lançamentos, de 140 fabricantes.

Ao menos 36 mil pessoas devem passar pela feira. A expectativa é que sejam gerados negócios de R$ 500 milhões num setor que está aquecido e deve gerar 120 mil postos de trabalho este ano nas estimativas do setor. Cerca de 70% das vendas de embarcações novas no país acontecem nesse tipo de evento.

— Esse mercado faturou R$ 2,5 bilhões em 2022, um crescimento de 15% em relação ao ano anterior. É uma indústria em sua grande parte artesanal, o que contribui para a geração de empregos no país — diz o presidente do Grupo Náutica, Ernani Paciornik, que organiza o evento.

Para quem gosta de pompa e extravagância, as embarcações da italiana Azimut Yachts, principal fabricante de iates de luxo do mundo, são um atrativo à parte. São dois modelos expostos, avaliados em R$ 8,3 milhões e R$ 15,9 milhões.

O mais barato, o Atlantis 51, de estilo esportivo, tem acionamento elétrico. Desde o lançamento no Brasil, há pouco mais de dois anos, já foram produzidas 20 unidades na unidade brasileira da companhia, em Itajaí (SC).

O outro é o Azimut 62, barco mais luxuoso do evento, com interiores assinados pelo designer italiano Achille Salvagni. São três cabines, áreas de estar, jantar e cozinha integradas, lounges ao ar livre e uma área total de mais de 150 metros quadrados. Os acabamentos são feitos em pedras nobres e peças exclusivas moldadas por artesãos.

Interior do Azimut: marca italiana é famosa por barcos de luxo — Foto: Edilson Dantas/O Globo
Interior do Azimut: marca italiana é famosa por barcos de luxo — Foto: Edilson Dantas/O Globo

A também italiana Ferretti, que tem fábrica em Itajaí para montagem das embarcações, expõe a lancha 670, com 48 toneladas, quatro cabines, três banheiros e preço um pouco mais alto que a Azimut: R$ 22,5 milhões.

A brasileira Intermarine trouxe a IM70, a maior embarcação do evento, com 21,5 metros de comprimento. Tem capacidade para 23 pessoas, quatro cabines, área gourmet. Seu preço está na casa dos milhões de reais, mas a empresa não divulga.

Opções mais modestas

Para quem está com o bolso mais curto, a Triton, estaleiro do Paraná que iniciou suas atividades fabricando buggys, trouxe dois lançamentos: a Flyer de 34 pés e a Triton410, com preços entre R$ 1,6 milhão e 2,1 milhões. São barcos com áreas externas grandes para 14 e 16 pessoas, respectivamente. A Triton 410 acomoda quatro passageiros para dormir, numa cabine fechada. Tem sala, cozinha e banheiro.

— Já mandamos uma unidade para um cliente dos EUA — conta Allan Cechelero, diretor de Marketing da Triton, lembrando que a empresa também já exportou para Turquia, México, Itália, Portugal, Noruega.

A Fishing Raptor, de barcos de pesca esportiva, apresenta uma nova versão de seu barco de 39 pés — que agora chega a 41 pés, pintado na cor água-marinha. O dono dele inspirou-se numa joia da Tiffany usada por sua mulher para pintar o barco dessa cor.

Custa a partir de R$ 2,1 milhões. Achou caro? Há barcos com preço de carro. Primeira embarcação da Mestra Boats desenhada para pesca, mas também para passeio, tem 4,74 metros de comprimento e 1,70 metro de largura e custa a partir de R$ 79,9 mil.

Carro-barco que está na São Paulo Boat Show e custa R$ 384 mil — Foto: Edilson Dantas/O Globo
Carro-barco que está na São Paulo Boat Show e custa R$ 384 mil — Foto: Edilson Dantas/O Globo

Não pode comprar um veleiro? Divida com outros

Para quem gosta de veleiros, mas acha o preço salgado ter um para chamar de seu, a Flip Boat Club oferece o compartilhamento dessas embarcações para até 8 pessoas. A cota varia entre R$ 45 mil e R$ 230 mil, dependendo do barco. A Flip se encarrega da gestão do barco, como documentação, lavagem, marinheiro, manutenção e, por isso, o cotista paga taxa entre R$ 260 e R$ 450 por mês.

— O compartilhamento dá direito a 45 dias de uso por ano, com agendamento pelo aplicativo. Feriados como Carnaval e Ano Novo são sorteados — explica Elis Comenalli, do marketing e vendas da Flip, que tem 19 veleiros compartilhados.

Bicicleta e carro-aquático

Outra novidade da feira para os amantes dos esportes náuticos é a bicicleta aquática Manta. Pesa 31 quilos, tem motor elétrico que ajuda nas pedaladas e 7 marchas. Tem autonomia para 4 horas, atinge 21 km/h e apresenta conectividade por Bluetooth, além de controle digital através de aplicativo.

Pode ser usada em represas, lagoas e seu design foi desenvolvido na Nova Zelândia. Pesa 31 quilos. Na feira, o preço é de R$ 69 mil, mas fora do evento chega a R$ 114 mil.

Casa barco que custa a partir de R$ 750 mil — Foto: Divulgação
Casa barco que custa a partir de R$ 750 mil — Foto: Divulgação

— Está sendo lançada agora e já vendemos quatro — diz Daniel Novaes, representante comercial.

Carro sobre as águas

O inovador carro-aquático da SeaCar leva duas pessoas, mas a empresa está lançando agora uma versão para oito. Tem design de carro esportivo e é feito de grafeno e fibra de carbono, com interior de couro marítimo, observa Nilton Goes, diretor da marca. Já foram vendidas 20 unidades, que custam a partir de R$ 384 mil. A bateria tem autonomia de seis horas.

Executivos e empresários são os principais clientes da JetSurf, uma empresa que produz pranchas elétricas e com motor a combustão. Mas para os surfistas, o preço pode ser tão salgado quanto a água do mar: de US$ 18 mil a US$ 26,8 mil.

E chama a atenção a casa flutuante do estaleiro gaúcho Solara com dois quartos, sala, cozinha, banheiro, varanda e terraço. A Solara Boat House foi construída com base mais larga e estável, equilibrada por flutuadores). Tem capacidade para 12 pessoas durante o dia e pode ser equipada com placas solares. Custa a partir de R$ 750 mil e a versão pronta-entrega R$ 859 mil.

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