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Por Bloomberg — Nova York

A Exxon Mobil acertou acordo para comprar a Pioneer Natural Resources por US$ 59,5 bilhões, anunciaram as duas companhias nesta quarta-feira. O negócio é o maior já fechado neste ano no mundo e a maior aquisição da empresa em mais de duas décadas. Com ele, a petrolífera americana busca se tornar dominante na produção de óleo de xisto nos EUA.

Se finalizada, a transação tornará a Exxon, de longe, a maior empresa na Bacia Permiana do Texas e do Novo México e elevará sua produção diária para quase 4,5 milhões de barris de petróleo. Um claro sinal de que a gigante do setor está reforçando suas apostas em combustíveis fósseis, na contramão do que muitas petrolíferas vêm fazendo.

A Exxon passou décadas investindo em projetos em todo o mundo, mas o acordo colocaria seu futuro diretamente perto de sua base em Houston, com a maior parte de sua produção de petróleo no Texas e ao longo da costa da Guiana.

Ao concentrar suas operações perto de casa, a Exxon está efetivamente apostando que a política energética dos EUA não se moverá contra os combustíveis fósseis de forma significativa, mesmo quando o governo Biden incentivar os fabricantes de automóveis a mudar para veículos elétricos e as empresas de serviços públicos a fazer a transição para a energia renovável.

Os executivos da Exxon disseram que, além de produzir mais combustíveis fósseis, a empresa está desenvolvendo um novo negócio que capturará o dióxido de carbono de instalações industriais e enterrará o gás de efeito estufa no solo. A tecnologia para fazer isso ainda está em um estágio inicial e não foi usada com sucesso em grande escala.

"Estamos dobrando nossas organizações e capacidades", disse Darren Woods, CEO da Exxon. A empresa combinada geraria um valor "bem superior ao que cada uma das empresas é capaz de fazer de forma autônoma", acrescentou.

O acordo com a Pioneer é um sinal de que agora é mais fácil adquirir um produtor de petróleo do que perfurar petróleo em um novo local.

A Exxon, uma potência de refino e petroquímica, precisa de muito mais petróleo e gás para transformar em gasolina, diesel, plásticos, gás natural liquefeito, produtos químicos e outros produtos. É provável que grande parte desse petróleo e gás venha da bacia de Permian, o campo de petróleo e gás mais produtivo dos EUA, que fica entre o Texas e o Novo México e onde a Pioneer tem uma participação importante.

A Exxon pagará US$ 253 por ação da Pionner, ou seja, um prêmio de 18% com base no preço de fechamento do papel em 5 de outubro, quando os relatórios sobre o negócio começaram a circular.

Logo após o anúncio, as ações da Exxon na Bolsa de Nova York caíam 4,1%, a US$ 105,96, pela manhã. Já as da Pioneer subiam 0,6%. A aquisição é a maior já realizada pela petrolífera desde a fusão com a Mobil, em 1999.

Aumento da produção

O acordo permitirá à Exxon aumentar a produção diária na região do Permiano para o equivalente a 2 milhões de barris em 2027, ou mais de metade da atual produção mundial da empresa. A companhia também se comprometeu a reduzir as emissões líquidas de dióxido de carbono dos ativos da Pioneer a zero até 2035, ou 15 anos antes do inicialmente planejado, de acordo com comunicado.

A Bacia Permiana é a maior bacia de xisto do mundo. Esse hidrocarboneto também é usado para produzir combustíveis, assim como o petróleo. A Exxon vai controlar o equivalente a 16 bilhões de barris de reservas de petróleo na região.

Por se tratar de uma produção em área terrestre, a gigante do petróleo ganha fôlego. Isso porque, ao contrário dos poços em águas profundas, os terrestres podem começar a produzir em meses.

De acordo com a companhia, os ativos adquiridos darão lucro mesmo que os preços do petróleo caiam para US$ 35 o barril.

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