Na esteira da queda da cotação do barril do petróleo no mercado internacional, o preço da gasolina vendida pela Petrobras no Brasil terminou o dia ontem 1% acima do valor do combustível vendido no mercado internacional, de acordo com dados da Abicom, associação que reúne os importadores do setor. No entanto, o diesel vendido pela estatal está 12% abaixo da cotação internacional.
A eliminação da defasagem da gasolina aconteceu, explica Sergio Araujo, presidente da Abicom, porque, além do petróleo em baixa, o preço da gasolina no exterior está em queda diante por conta da aproximação do inverno, quando a demanda é menor em relação aos últimos meses, que foram mais quentes no Hemisfério Norte. No verão, demanda por combustível é maior.
Os preços do petróleo fecharam em baixa ontem, com a redução das preocupações com possíveis interrupções no fornecimento de petróleo devido ao conflito entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas. O petróleo Brent, referência da Petrobras, fechou em queda de 0,57%, a US$ 87,65 o barril. O petróleo bruto WTI, parâmetro americano, caiu para fechar a US$ US$ 85,97 o barril.
Na segunda-feira, a gasolina vendida pela estatal estava 2% mais barata em relação ao mercado internacional. Nos últimos dias, chegou a ser comercializada pela Petrobras com valor 4% superior, mas a reversão da tendência da cotação do barril, mesmo com o conflito entre Israel e Hamas, deu um alívio à estatal.
Por outro lado, a questão sazonal gera movimento inverso no diesel. Nesta terça-feira, o diesel vendido pela Petrobras ficou 12% mais barato em relação ao seu preço internacional. Com temperaturas mais baixas no Hemisfério Norte, já começa a aumentar a demanda para sistemas de aquecimento, o que pressiona o valor do combustível lá fora.
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!["Se não investir em renováveis, a Petrobras perde importância", diz Sérgio Gabrielli (2005-2012). Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/ZxXMM0PauBoai0pLL7mXJmWwnM0=/0x0:639x418/648x248/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/t/A/7RZDY3SEa8TinzBFfGhg/sergio-gabrielli-domingos-peixoto-agencia-o-globo-7-out-2010.jpg)
!["Se não investir em renováveis, a Petrobras perde importância", diz Sérgio Gabrielli (2005-2012). Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/jGGNhvbA8ZYIuo_P-UdkvVpy-Bk=/639x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/t/A/7RZDY3SEa8TinzBFfGhg/sergio-gabrielli-domingos-peixoto-agencia-o-globo-7-out-2010.jpg)
"Se não investir em renováveis, a Petrobras perde importância", diz Sérgio Gabrielli (2005-2012). Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo
![“A sociedade quer a descarbonização, tem direito a ela e não há como ignorá-la", diz Graça Foster (2012-2015) Foto: Divulgação/Agência Petrobras](https://s2-oglobo.glbimg.com/J_o6td0OXiyo98Vkiktq9U7UbsE=/0x0:598x399/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/A/z/tlNEOmRsABWBm9WG1yvQ/maria-da-graca-foster-divulgacao-agencia-petrobras.jpg)
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“A sociedade quer a descarbonização, tem direito a ela e não há como ignorá-la", diz Graça Foster (2012-2015) Foto: Divulgação/Agência Petrobras
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![“A empresa sofre com mudanças frequentes de gestão. Não pode deixar de atender esse desafio”, diz Pedro Parente (2016-2018) Foto: Jorge William/Agência O Globo](https://s2-oglobo.glbimg.com/qaaLGpLVnRTkhBSdjVwi87qJpOA=/0x0:627x417/323x182/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/J/D/uVzriYRzmOtMPLTost4Q/pedro-parente-jorge-william-agencia-o-globo.jpg)
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“A empresa sofre com mudanças frequentes de gestão. Não pode deixar de atender esse desafio”, diz Pedro Parente (2016-2018) Foto: Jorge William/Agência O Globo
![“A Petrobras pode ser muito produtiva e relevante caso seja privatizada”, diz Roberto Castello Branco (2019-2021) Foto: AFP](https://s2-oglobo.glbimg.com/EXRryf3WTwEoPTXD1ZEhse1W00c=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/k/H/4nDdjfSEOtPB9SB9YKeQ/roberto-castello-brancoafp.jpg)
“A Petrobras pode ser muito produtiva e relevante caso seja privatizada”, diz Roberto Castello Branco (2019-2021) Foto: AFP
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![“Petróleo e derivados são ‘commodities’. Tentar controlá-los é como controlar a gravidade”, diz Joaquim Silva e Luna (2021-2022) Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil](https://s2-oglobo.glbimg.com/dI2vzzJXA4eMTom9mvIqdNo7wog=/1265x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/D/Y/WDH7ceTh2AAXYNTFOxow/joaquim-silva.jpg)
“Petróleo e derivados são ‘commodities’. Tentar controlá-los é como controlar a gravidade”, diz Joaquim Silva e Luna (2021-2022) Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil
![“A Petrobras pode ser indutora do crescimento, mas não deve investir ema qualquer coisa”, diz José Mauro Coelho (2022) Foto: PR](https://s2-oglobo.glbimg.com/Gj4r4R6-pQbYMex0wjxXmh-aK48=/1600x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2022/i/F/uk8upWRTSJur9Gub3CDQ/3.glbimg.com-v1-auth-0ae9f161c1ff459593599b7ffa1a1292-images-escenic-2022-4-6-20-1649286538526.jpg)
“A Petrobras pode ser indutora do crescimento, mas não deve investir ema qualquer coisa”, diz José Mauro Coelho (2022) Foto: PR
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Além disso, diz Araujo, há menor fornecimento de diesel russo atualmente, o que pressiona o valor da cotação do combustível. Na semana passada, o presidente da Petrobras classificou o cenário do diesel como o de uma "tempestade perfeita".
Desde o início deste mês, há defasagem no preço do diesel. O maior patamar chegou a 19%, no dia 2 de outubro. Para analistas, a Petrobras precisa fazer um novo reajuste no diesel, já que está segurando os preços há pelo menos três semanas, mas essa medida impacta no custo de caminhoneiros e no frete de mercadorias, o que tem um potencial inflacionário difuso.
Por outro lado, investidores temem perdas para a estatal se sustentar preço mais baixo no mercado nacional por muito tempo. Ainda assim, o mercado está otimista em relação à Petrobras. Mesmo com a queda do petróleo, a Petrobras encerrou o pregão de ontem no maior valor de mercado do ano. As ações ordinárias ganharam 1,03%, indo a R$ 38,25, enquanto as preferenciais somaram 0,74%, chegando a R$ 35,21.
No caso dessas, a valorização desde janeiro já chega a 77,5%. Assim, o valor da companhia já chega a R$ 481,9 bilhões.
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Em maio, a Petrobras mudou sua política de preços, colocando fim à chamada política de paridade de importação (PPI), quando variações nas cotações do petróleo e do dólar serviam de parâmetro para reajustes para cima ou para baixo nos valores dos combustíveis vendidos pelas refinarias às distribuidoras.
Com isso, a estatal passou a levar em conta os custos internos de produção, os preços dos concorrentes em diferentes mercados dentro do país e ainda as parcelas de combustíveis produzidas no país ou compradas no exterior. O Brasil não produz todo o volume de combustíveis consumido no país e depende da importação a preços internacionais para não enfrentar desabastecimento.