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Por — Rio

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GERADO EM: 15/08/2024 - 10:24

"Disputa acirrada pela compra da Amil: ofertas variam e UnitedHealth Group analisa propostas"

Ao menos cinco investidores estão interessados na compra da Amil, terceira maior operadora de saúde do Brasil. Ofertas variam acima e abaixo dos R$ 10 bilhões. UnitedHealth Group analisa propostas para segunda fase. Venda pode chegar a R$ 6 bilhões, com decisão final em 2024. Comprador levará também a rede Americas. Operação deficitária exige estratégia. BTG lidera saída do UHG do Brasil. Empresários como Dasa, Bain Capital, Tanure e Seripieri no páreo.

As primeiras propostas para a compra da Amil, terceira maior operadora de saúde do Brasil, já estão na mesa dos dirigentes do United Health Group (UHG), em Minnesota, nos EUA. O grupo americano colocou a operadora de planos de saúde à venda mais uma vez depois de algumas tentativas frustradas.

A Dasa, a empresa americana de private equity Bain Capital , o Coruja Capital e os empresários Nelson Tanure e José Seripieri Filho (fundador da Qualicorp) estão no páreo, segundo fontes a par das negociações.

O valor da operação, no entanto, segue em aberto. Segundo fontes envolvidos, há propostas abaixo e acima dos R$ 10 bilhões desembolsados pela gigante americana ao adquirir, em 2012, a empresa da família Bueno, sua fundadora e atual controladora da Dasa, que seria uma das interessadas na aquisição.

O UHG agora passará a analisar a fundo as propostas para definir quais seguirão para a segunda fase da negociação. Nos bastidores, há quem diga que esse anúncio pode acontecer em cerca de dez dias.

Escolhidas as ofertas, a próxima etapa deve durar entre dois e três meses, em verificações de parte a parte, para aquilo que costuma se chamar de proposta firme. Ou seja, é muito possível que o negócio só seja, de fato, fechado em 2024.

Unidade da Dasa na Barra da Tijuca, no Rio: empresa é potencial compradora da Amil — Foto: Divulgação
Unidade da Dasa na Barra da Tijuca, no Rio: empresa é potencial compradora da Amil — Foto: Divulgação

Gigante americana

Apesar de haver informações de que o prazo para envio de propostas teria se encerrado nesta semana, fontes de mercado acreditam que ainda seja possível a chegada de novas ofertas, que seriam encaminhadas pelo BTG, banco responsável pela negociação, para a avaliação do grupo americano.

Nos últimos dias, muitos rumores circularam no mercado. Entre as diferentes cifras que circularam sobre a operação, chegou-se a falar propostas de R$ 1 bilhão, que segundo fontes próximas a negociação, não são factíveis e sequer seriam encaminhadas ao UHG pelo banco. Há notícias de outras ofertas entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões.

Apesar do interesse firme em deixar o Brasil, o grupo americano não tem pressa para sair dessa operação. O UHG ocupa a quinta posição no ranking das maiores empresas americanas, segundo o ranking da revista americana Fortune.

E reportou receita de US$ 92,4 bilhões no terceiro trimestre deste ano. Ou seja, os prejuízos acumulados pela Amil não pressionam o caixa do grupo, que segundo fontes, não pretende vender a operação a qualquer preço.

Venda não será fatiada

Mas é fato que a decisão do grupo de não fatiar a operação no Brasil, além de reduzir os potenciais compradores, na avaliação de analistas, jogou para baixo o valor da transação.

A decisão do UHG de só negociar o pacote fechado foi tomada após uma tentativa frustrada de uma operação de venda em separado da deficitária carteira individual da Amil, no início do ano passado. A operação criou danos à imagem e problemas com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que acabou suspendendo a transferência de mais de 340 mil usuários.

Quem comprar a operação do UHG no Brasil leva a Amil e também a rede Americas. A operadora contabiliza uma carteira com 3,1 milhões de usuários em planos médicos e 2,3 milhões em odontológicos, 19 hospitais e 52 unidades de atendimento, como ambulatórios e centros de diagnóstico. Já a Americas tem 28 centros médicos e clínicas, sete centros de excelência e 12 hospitais.

O comprador terá que ter uma estratégia e recursos para lidar com uma operação deficitária. A Amil registrou o maior prejuízo entre as operadoras de planos de saúde no primeiro semestre deste ano, com um resultado negativo de R$ 866 milhões, depois de ter fechado 2022 com perdas de R$ 1,6 bilhão.

Desde janeiro de 2022, comentava-se no mercado que o BTG teria sido contratado pelo UHG para capitanear a saída do grupo do Brasil. Mudanças na liderança da companhia e novas iniciativas, como o retorno da venda de planos individuais, em maio deste ano, porém, pareciam ter colocado esse movimento de lado. Mas de fato agora o processo andou.

Procurados Amil, BTG, Dasa, Coruja Capital, Bain Capital e Tanure e José Seripieri Filho não quiseram comentar a operação.

Conheça os possíveis compradores da Amil

  • A Dasa é a maior rede de saúde integrada do país, com mais de 40 marcas de laboratórios, hospitais e centros médicos. A companhia é controlada pela família Bueno, fundadora da Amil. A família detém 2% das ações do UHG. Nos bastidores circulou até que poderia ser feita uma operação de troca de papéis na transação, mas que parece já teria sido descartada pelo grupo americano.
  • A gigante de investimentos Bain Capital zerou sua posição na operadora de planos de saúde Hapvida, em agosto, com a venda de R$ 1,3 bilhão em ações em bloco na bolsa. Para a negociação com a Amil, a empresa contaria com Irlau Machado Filho, ex-presidente da NotreDame Intermédica, que deixou a Hapvida em maio deste ano.
  • José Seripieri Filho, mais conhecido como Junior, fundou a Qualicorp, em 1997, maior administradora de benefícios do país, da qual saiu em 2019, iniciando uma nova empreitada com o lançamento da operadora Qsaúde logo em seguida. A QSaúde também já foi vendida pelo empresário.
  • Conhecido pelo seu apetite por empresas em dificuldade, o empresário Nelson Tanure é hoje o maior acionista individual da Light. Ele é controlador de Gafisa e Alliança Saúde, acionista de Azevedo & Travassos, WestWing e PetroRio.
  • A Coruja Capital é uma firma de investimento independente, fundada, em 2021, por Marcio Schettini, ex-diretor-geral de varejo do Itaú. A empresa diz ter "como principal objetivo identificar oportunidades de criação de valor com conceitos de negócios superiores e líderes e empreendedores diferenciados."

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